O governo de Javier Milei tem ampliado a abertura da economia da Argentina, como parte de uma estratégia para conter a inflação. A medida inclui a redução de tarifas para derrubar os altos preços de muitos produtos importados, de fritadeiras a eletrônicos.
Segundo informações do Financial Times, argentinos estão fazendo mais pedidos em plataformas de compras online estrangeiras, como a Amazon, e os supermercados estão começando a estocar suas prateleiras com sabão em pó Tide e atum enlatado equatoriano. Enquanto isso, o presidente argentino derruba uma série de impostos e regulamentações que tornaram muitos produtos importados quase inacessíveis.
Uma air fryer Black & Decker é vendida por US$ 100 nos Estados Unidos, enquanto que na Argentina o produto é vendido por US$ 289, de acordo com listagens em varejistas online. Outro exemplo é um vestido da Zara que custa US$ 25 nos EUA, mas é vendido por US$ 67 em território argentino. Já um iPhone 15 está à venda por US$ 799 nos EUA, no entanto custa US$ 2.800 na Argentina.
Os argentinos também reclamam que eletrônicos, roupas e outros bens produzidos internamente também são superfaturados.
Com o objetivo de reduzir os preços ao consumidor e acelerar o declínio da inflação anual de três dígitos da Argentina, Milei cortou tarifas sobre dezenas de produtos, de cremes para acne a urnas funerárias. O governo eliminou a burocracia na agência alfandegária do país, incluindo uma regra que exigia que representantes de fabricantes locais dessem aprovação para algumas importações de seus rivais estrangeiros.
A administração de Milei também triplicou o valor anual em produtos que os cidadãos podem pedir do exterior para uso pessoal para US$ 3.000, isentando os primeiros US$ 400 de tarifas. A Amazon começou a oferecer frete grátis de alguns produtos de sua loja nos EUA para a Argentina em novembro.
Em 22 de dezembro, o governo parou de cobrar um imposto geral de 7,5% sobre
todos os produtos importados e um imposto de 30% sobre as compras de cartão no exterior dos argentinos.
Rumo oposto ao dos EUA
As mudanças colocaram a Argentina no curso oposto de grande parte do resto do mundo. Nos últimos anos, os países europeus e os Estados Unidos ergueram novas barreiras comerciais para proteger as indústrias nacionais de importações baratas da China e de outros países.
Muitas empresas argentinas alertam que um aumento nas importações pode devastar
o setor industrial, que emprega quase um quinto dos trabalhadores e já foi duramente atingido pela
crise econômica do país. A atividade manufatureira caiu 12,7% nos primeiros nove meses de 2024 em comparação com o mesmo período em 2023.
As reformas de Milei buscam liberalizar a economia. Governos do movimento peronista de esquerda, aliado a sindicatos, implementaram tarifas e subsídios para dar impulso à indústria nacional, enquanto governos de direita nas décadas de 1970 e 1990 descartaram restrições, causando ondas de fechamentos industriais.
Milei já manifestou seu desejo dar mais espaço ai mercado para reorientar a economia da Argentina, com foco em setores onde o país tem uma vantagem competitiva: agricultura, mineração, energia e tecnologia, que juntos empregam apenas 12% dos argentinos.
No início de 2024, o governo Milei implementou medidas para resolver essas questões, reduzindo os longos tempos de espera para pagamentos e lançando um título em dólar destinado a ajudar as empresas a quitar dívidas acumuladas com fornecedores.
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Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo Governo de Javier Milei
(Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo Governo de Javier Milei)
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Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei
(Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
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Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei
(Membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), participam de greve, nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
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Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei.
(Um grupo de pessoas enfrenta a Polícia durante uma marcha de membros da Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE), nesta terça-feira, em Buenos Aires (Argentina). Os funcionários públicos na Argentina iniciaram uma greve de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério da Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, demissões e políticas de cortes levadas a cabo pelo governo de Javier Milei)
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Membros da Asociación Trabajadores del Estado (ATE), participaram de uma briga, neste dia, em Buenos Aires (Argentina). Funcionários públicos da Argentina iniciaram uma jornada de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério de Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, despidos e políticas de recrutamento levantadas ao chefe do Governo de Javier Milei.
(Membros da Asociación Trabajadores del Estado (ATE), participaram de uma briga, neste dia, em Buenos Aires (Argentina). Funcionários públicos da Argentina iniciaram uma jornada de 36 horas com uma marcha do Obelisco de Buenos Aires até o Ministério de Desregulamentação e Transformação do Estado para protestar contra os baixos salários, despidos e políticas de recrutamento levantadas ao chefe do Governo de Javier Milei)