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Acidente aéreo na República Democrática do Congo deixa ao menos 27 mortos

O avião da companhia Busy Bee caiu pouco depois de decolar em pelo menos uma casa do bairro Mapendo

Acidente aéreo na República Democrática do Congo: primeiras informações dão conta de problema técnica (AFP/AFP)

Acidente aéreo na República Democrática do Congo: primeiras informações dão conta de problema técnica (AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 24 de novembro de 2019 às 12h07.

Última atualização em 24 de novembro de 2019 às 14h14.

Pelo menos 27 corpos foram encontrados no local onde um avião de pequeno porte caiu na manhã deste domingo (24) em Goma, em um bairro pobre perto do aeroporto, informou o serviço de emergência.

"Contabilizamos 23 corpos até o momento", declarou Joseph Makundi, coordenador da Defesa Civil em Goma, cidade do leste da República Democrática do Congo, a um correspondente da AFP.

O avião da companhia Busy Bee, que transportava 17 passageiros e dois tripulantes, caiu pouco depois de decolar em pelo menos uma casa do bairro Mapendo.

Além dos passageiros, moradores de Mapendo provavelmente estão entre as vítimas do acidente da aeronave, modelo Dornier-228. As equipes de resgate ainda não forneceram um balanço preciso para passageiros e residentes.

"Havia 17 passageiros a bordo e dois tripulantes", disse à AFP Héritier Said Mamadou, responsável pelo serviço de reserva da Busy Bee.

O avião caiu em uma casa no bairro de Mapendo/Birere de Goma, próximo ao aeroporto construído no meio de áreas densamente povoadas, segundo vídeos compartilhados nas redes sociais.

Um vídeo recuperado pela AFP mostra a cabine da aeronave embutida na parede de uma casa, com habitantes do bairro ao redor.

A aeronave faria o trajeto Beni-Butembo, 350 km ao norte de Goma. O piloto "falhou na decolagem", afirmou o governador de Kivu do Norte, Carly Nzanzu Kasivita, em comunicado.

"Foi, em princípio, um problema técnico", declarou o técnico da companhia no local do acidente, citado pelo site de notícias actualite.cd.

A direção da empresa está reunida aguardando os resultados da investigação técnica realizada por uma equipe em campo.

A Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) enviou dois caminhões de bombeiros para reforçar as equipes de resgate.

A Busy Bee é uma empresa recente que possui um total de três aeronaves do mesmo tipo que atuam na província de Kivu do Norte.

De Beni, o governador do Kivu do Norte expressou suas condolências às famílias das vítimas.

Desde agosto de 2018, Beni e Butembo são o epicentro de uma nova epidemia de Ebola, que matou cerca de 2.200 pessoas.

A pista do aeroporto de Goma foi reformada e ampliada em 2015, depois de ter sido danificada em 2002 pela erupção do vulcão Nyiaragongo. O aeroporto é usado para voos regulares (Ethiopian Airlines, Congo Airways, CAA, Busy Bee), mas especialmente para aeronaves das Nações Unidas e organizações humanitárias.

Os acidentes aéreos continuam sendo um risco na República Democrática do Congo, o maior país da África Subsaariana (2,3 milhões de km2).

Em 10 de outubro, um Antonov-72 caiu no centro do país depois de decolar de Beni. Ele transportava equipamentos de apoio logístico para o presidente Felix Tshisekedi, que retornava no mesmo dia de uma viagem.

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