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Abbas anuncia renúncia do governo de unidade palestino

O presidente da Autoridade Palestina anunciou que o governo de unidade da região renunciará em 24 horas


	O líder palestino Mahmoud Abbas
 (Jonathan Nackstrand/AFP)

O líder palestino Mahmoud Abbas (Jonathan Nackstrand/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2015 às 17h22.

Ramala - O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou hoje que o governo de unidade palestino, formado há um ano, renunciará no prazo de 24 horas, disseram fontes que assistiram a um encontro da cúpula do Fatah em Ramala.

Abbas afirmou que o Conselho Revolucionário do partido nacionalista Fatah fará avançar a formação de um governo de unidade totalmente novo, ao invés de continuar com os esforços para reformar o atual gabinete, explicou a fonte, que participou da 15ª conferência desse órgão, segundo a agência de notícias palestina "Ma'an".

O líder palestino declarou que a formação do novo governo levará vários dias e que os membros do Conselho Revolucionário do Fatah apoiam amplamente a designação de um vice-presidente.

O anúncio de Abbas foi feito pouco mais de um ano depois do estabelecimento do último governo de consenso palestino liderado por Rami Hamdala, após um pacto de reconciliação entre a liderança da Cisjordânia e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza.

O acordo que estabelecia a formação de um governo interino e a realização de eleições gerais nos territórios palestinos tentava pôr fim à divisão política e administrativa entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, de mais de sete anos.

As disputas entre Fatah e Hamas começaram em 2006, quando os islamitas ganharam as eleições legislativas, as últimas realizadas até o momento.

No ano seguinte, a rivalidade política entre os dois grupos chegou a seu ápice quando o Hamas assumiu o controle de Gaza após enfrentar forças leais ao Fatah e a Abbas.

Após o acordo do ano passado, muito criticado pelo governo israelense, aconteceu uma campanha de detenções de membros do Hamas na Cisjordânia em resposta ao sequestro de três jovens judeus, e a última ofensiva militar na faixa acabou desestabilizando a reconciliação entre as duas forças palestinas.

Desde então, o Hamas acusou os dirigentes do Fatah de fracassar em cumprir suas promessas em Gaza, especialmente em conseguir a reconstrução do território após a devastadora operação militar israelense ou a suspensão do bloqueio.

O líder do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, disse no começo do mês que não havia progressos humanitários ou econômicos no enclave litorâneo desde o estabelecimento do governo de consenso.

Por sua vez, o primeiro-ministro da ANP, Rami Hamdala, prometeu em uma visita em março à faixa que as facções palestinas "trabalhariam rápido" para encontrar soluções. 

Texto atualizado às 17h22

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