11 políticos entre os mais influentes do mundo em 2012, segundo a Time
Presidente da Nigéria e de Mianmar estão entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, ao lado de personalidades políticas de destaque, como Barack Obama, Angela Merkel e Dilma Rousseff
Goodluck Jonathan (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2012 às 19h58.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h24.
O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, é um dos 100 mais influentes do mundo, segundo ranking da Time. Jonathan “exemplifica o renascimento político africano em um momento em que as pessoas do continente começam a colher os frutos de seus recursos e trabalho duro”. A avaliação é de Johnson Sirleaf, presidente da Libéria, que escreveu o perfil de Jonathan para a Time. Segundo ele, o presidente da Nigéria tem as qualidades necessárias para lidar com as mudanças em curso no país, que começa a deixar para trás o passado de corrupção, má gestão e brutalidade.
A presidente brasileira Dilma Rousseff é uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2012, segundo ranking da Time. Seu perfil na revista foi escrito pela presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que relata a trajetória de Dilma contra a ditadura militar e fala das experiências que ambas têm em comum, como o ativismo político e os desafios de crescer em um ambiente dominado por homens. A presidente da Argentina também destaca o compromisso de Dilma com os países latino-americanos. “Hoje, com a liderança de Dilma Rousseff, vemos um Brasil convencido de que seus interesses nacionais estão absolutamente ligados aos interesses de seus vizinhos.”
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está entre os 100 mais influentes do mundo, segundo a Time. Favorito nas eleições presidenciais desse ano, Obama está conseguindo reconquistar a opinião pública pela forma como tem lidado com tempos de crise. “Ao enfrentar um momento difícil, ele parecia inteligente e constante, confiável”, diz o colunista político da Time, Joe Klein, que assina o perfil do presidente americano na revista. “Monumentos não costumam ser construídos para políticos que são só confiáveis, mas eles tendem a ganhar a reeleição.”
O líder do partido islâmico da Tunísia, Rached Ghannouchi, está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo ranking da Time. Ghannouchi, que antes era visto como ‘enfant terrible’ do Islã, hoje é aclamado como “voz da sanidade” do islamismo, diz a revista. Sua principal contribuição foi criar um padrão de movimento político moderado, moderno e inclusivo – e ainda assim baseado na fé muçulmana – que já está sendo adotado por muitos partidos islâmicos no mundo árabe.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, também figura entre as pessoas mais influentes do ano, segundo a Time. Ele é “um daqueles israelenses icônicos, um líder forte e determinado que tem se destacado durante uma vida inteira de serviço ao estado de Israel”, na avaliação de Eric Cantor, líder da oposição no Congresso dos Estados Unidos. Para Cantor, ele merece crédito por trazer à atenção a ameaça que o Irã – com seus programas de armas nucleares e patrocínio ao terrorismo – representa para Israel, para os Estados Unidos e para “um mundo livre”.
A chanceler alemã, Angela Merkel, é uma das pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista Time. “Na medida em que o continente se afundou na crise mais severa desde a Segunda Guerra Mundial, o poder de Merkel tem crescido a um nível praticamente sem paralelos na política europeia moderna”, diz a revista. Para os mais otimistas, Merkel seria uma “general destemida” que está conduzindo a Europa para fora da crise da dívida, afirma a Time. Já os pessimistas acreditam que sua relutância em promover uma rápida e ampla reforma na zona do euro coloca o futuro da região em risco.
O presidente de Mianmar, U Thein Sein, também está entre os mais influentes do mundo da lista da Time. Há pouco mais de um ano no cargo, Sein tem se mostrado o “arquiteto de uma das mais improváveis transições democráticas do mundo”, segundo o historiador birmanês Thant Myint-U. Sein tem buscado equilibrar demandas de ex-generais que ainda dominam o governo, chefes do exército, empresários, partidos de oposição, e uma população jovem e dinâmica. Seu sucesso – ou não – afetará não só a vida dos 55 milhões de birmaneses, mas também toda a Ásia, diz a revista.
A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, faz parte da lista das 100 pessoas mais influentes do mundo, feita pela Time. “Ela desenvolveu, pela primeira vez, estratégias abrangentes e de longo alcance para a diplomacia e o desenvolvimento que fortalecerão a crítica contribuição da sociedade civil para a segurança dos Estados Unidos no exterior”, diz Robert Gates, ex-secretário da defesa americano, que assina o perfil da diplomata na Time. Dentre os atributos que melhor definem Hillary, segundo ele, estão “incansável, paciente, inteligente, experiente e divertida”.
O candidato à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, está entre as 100 pessoas mais influentes do mundo em 2012, segundo ranking da Time. O perfil de Romney na revista é assinado por seu ex-chefe, Bill Bain, fundador da Bain & Co. e co-fundador da Bain Capital. “A ética de trabalho, a mente analítica e a devoção à família e ao país de Mitt são uma combinação para o sucesso”, escreveu Bain.
A primeira ministra da Jamaica, Portia Simpson Miller, é uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, de acordo com lista da Time. Além de pedir a separação da Jamaica da monarquia britânica, Portia defende os plenos direitos civis para gays e lésbicas no país – um feito bastante corajoso para um país com histórico de casos violentos de homofobia, diz a revista. Portia é a primeira mulher na história da Jamaica a ser eleita para o cargo.
Diante da inflação persistente e dos juros elevados – o poder aquisitivo, habitação e saúde constituíam as principais preocupações dos 268 mil eleitores, segundo pesquisas