Moura Dubeux tem alta de 92% no lucro do 3º tri – e vai pagar dividendos pela primeira vez
Construtora nordestina registrou R$ 1 bilhão em vendas líquidas no período, crescimento de 104% em um ano
Repórter de Invest
Publicado em 7 de novembro de 2024 às 21h10.
A construtora Moura Dubeux, única representante do Nordeste listada em bolsa, teve um novo recorde de lucro líquido, que alcançou R$ 89 milhões no terceiro trimestre – salto de 92,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Frente ao último trimestre, o lucro da Moura subiu 18,9%.
“Desde 2020, quando abrimos capital, estamos melhorando a lucratividade balanço após balanço. Mas não deixamos o recorde cair na banalidade: é um dado que fala da nossa disciplina”, conta Diego Villar, CEO da Moura, em entrevista à EXAME.
Parte da força dos resultados já havia sido adiantada na prévia operacional. A construtora voltada para o médio e alto padrão teve alta de 142,7% em vendas líquidas na comparação anual, alcançando R$ 1 bilhão no terceiro trimestre. Os lançamentos também ficaram em R$ 1 bilhão, avanço de 242,8% em 12 meses e de 72,4% contra o último trimestre.
A receita líquida da Moura Dubeux somou R$ 502 milhões no terceiro trimestre, alta de 66,2% contra o mesmo período do ano anterior. Na comparação trimestral, houve aumento de 28%.
Por sua vez, a margem bruta ajustada foi de de 33,1%, redução de 3,4 p.p. em relação ao terceiro trimestre do ano passado e de 3,6 p.p. em base trimestral.
“Nossa margem permanece em um patamar relativamente alto, acima de 35% desde 2021. Além disso, as vendas seguem em alta e a receita continua a crescer a cada trimestre. Com isso, diluímos das despesas operacionais, ganhamos eficiência e conquistamos lucratividade.”
O retorno sobre patrimônio (ROE) anualizado atingiu 17% no terceiro trimestre, e a construtora reforçou que pretende alcançar e trabalhar acima do patamar de 20% ainda em 2025.
Primeiro pagamento de dividendos
A Moura Dubeux destacou o bom resultado e sua baixa alavancagem – de 4,2% do patrimônio líquido – como fatores para uma mudança de paradigma na companhia: a distribuição de dividendos.
“Pela primeira vez estamos pagando dividendos, já em novembro. Vamos seguir focados no pagamento recorrente, de forma semestral”, afirmou Villar.
Serão distribuídos R$ 54,67 milhões em proventos, correspondendo a R$ 0,65 por ação ordinária da companhia (TEND3). Terão direito ao dividendo aqueles com titularidade dos papéis até 12 de novembro – as ações passam a ser negociadas sem os direitos no dia 13 de novembro.
O pagamento será realizado no dia 22 de novembro.