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Esta capital do Nordeste liderou aumento nos preços de venda de imóveis em fevereiro

Levantamento do FipeZap mostrou resultados acima da média para apartamentos de um e três dormitórios

Piscinas naturais em João Pessoa, na Paraíba: capital apresentou a maior elevação de preços de venda em imóveis comerciais no último mês (Cristian Lourenço/Getty Images)
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 5 de março de 2024 às 08h14.

Última atualização em 22 de março de 2024 às 13h44.

A cidade de João Pessoa (PB) foi a capital que registrou a maior alta nos preços de vendas de imóveis residenciais em fevereiro. As informações são do Índice FipeZap, que analisa mensalmente a dinâmica de preços em 50 cidades selecionadas.

A capital da Paraíba registrou um aumento de 1,74% nos preços no último mêse foi seguida por outras capitais do Nordeste: Salvador (BA) vem em segundo lugar, com alta de 1,15%, seguida por Recife (PE), com avanço de 1,04%.

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A média do Índice FipeZap foi de um avanço de 0,49% – terceira aceleração consecutiva de preços. A alta, no entanto, ficou abaixo dos dois principais índices de inflação observados pelo mercado imobiliário. O IGPM/FGV subiu 0,52% no mês, enquanto a prévia da inflação (IPCA-15) avançou 0,78%.

Das 50 cidades analisadas, apenas duas não registraram alta nos preços: Porto Alegre (RS) e Londrina (PR), com reduções de 0,23% e 0,04%, respectivamente.

O que explica a alta em João Pessoa?

A alta de 1,74% em João Pessoa no Índice FipeZAP foi o maior avanço mensal na série histórica desde janeiro de 2018, quando a cidade começou a ser monitorada. No acumulado de 12 meses, a cidade registra valorização de 9,93%–o segundo maior avanço entre as capitais do Nordeste, atrás apenas de Maceió, que avançou 15,23%.

"O que pode explicar esse aumento acima da média nacional e de outras cidades na região, são fatores locais como a perspectiva de novos investimentos em infraestrutura portuária e aeroportuária na área", avalia Lucas Gerez, economista do DataZAP. "Dentre as obras em andamento, incluem-se drenagem, pavimentação, construção de pátio de contêineres, reforma do auditório e o programa Porto Cidade, que visa promover a saúde e o bem-estar da população de Cabedelo [cidade vizinha a João Pessoa]."

Apesar da alta dos preços, João Pessoa segue sendo uma das capitais com o metro quadrado mais barato para compra de imóveis residenciais. Em fevereiro, os preços chegaram a R$ 6,11 mil por metro quadrado. O preço médio registrado no índice é de R$ 8,79 mil por metro quadrado.

Balneário Camboriú é cidade mais cara do Brasil

A cidade com o metro quadrado mais caro do País segue sendo Balneário Camboriú (SC), no litoral catarinense, que conquistou o posto pela 23ª vez consecutiva. Balneário conquistou o posto em março de 2022, e desde então segue na primeira posição do ranking das 50 cidades analisadas mensalmente no estudo.

O preço médio de venda de imóveis residenciais em fevereiro em Balneário Camboriú chegou a R$ 12,84 mil por metro quadrado.Em segundo lugar, outra cidade do litoral catarinense: Itapema, com o metro quadrado de R$ 12,7 mil.

Quais imóveis são os mais buscados?

O destaque, mais uma vez, ficou com os imóveis de um dormitório, negociados a R$ 10,58 mil o metro quadrado – valor 34% maior que os apartamentos de dois dormitórios, avaliados, em média, a R$ 7,9 mil o metro quadrado.

Já os imóveis de três dormitórios são negociados a R$ 8,5 mil o metro quadrado. E os de quatro ou mais, têm preço médio por metro quadrado de R$ 10,11 mil.

A diferença aqui pode ser explicada pela localização dos imóveis. Unidades menores, de um dormitório, estão normalmente localizadas em pontos mais centrais das cidades, com fácil acesso a infraestrutura e serviços, fatores que acabam refletidos no preço.

Metodologia

O Índice FipeZAP é um índice de preço que acompanha os preços de imóveis residenciais e comerciais – foi o primeiro indicador nacional lançado para este acompanhamento.

O índice é calculado pela Fipe com base em informações de anúncios de imóveis para venda e locação veiculados nos portais ZAP (VivaReal e Zap Imóveis).

No caso dos índices do segmento residencial, o cálculo envolve amostras de anúncios de apartamentos prontos em até 50 cidades selecionadas. Já no caso dos índices do segmento comercial, os anúncios utilizados se referem a salas e conjuntos comerciais de até 200m², sediados em 10 cidades selecionadas.

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