Mercado Imobiliário

Aluguel sobe em 75% dos bairros de São Paulo, aponta pesquisa

Agosto foi o 12º mês consecutivo de alta nos preços de aluguel de imóveis na capital paulista, chegando à média de R$ 40,58 por metro quadrado

São Paulo: entre os bairros da capital, nos últimos seis meses, Água Fria teve a maior alta no preço do aluguel (wweagle/Getty Images)

São Paulo: entre os bairros da capital, nos últimos seis meses, Água Fria teve a maior alta no preço do aluguel (wweagle/Getty Images)

Thaís Cancian
Thaís Cancian

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Publicado em 8 de setembro de 2022 às 16h08.

Última atualização em 24 de setembro de 2024 às 16h58.

Os preços de aluguel têm crescido na cidade de São Paulo. Segundo pesquisa do Índice QuintoAndar de Aluguel, realizado pelo QuintoAndar, nos últimos seis meses, 46 dos 61 bairros analisados registraram valorização do preço do metro quadrado, o equivalente a três em cada quatro das regiões analisadas (75%).

Agosto foi o 12º mês consecutivo de alta nos preços da capital paulista. Em comparação a julho, a alta foi de 0,9%, atingindo a média de R$ 40,58 por metro quadrado. É o maior valor do metro quadrado da série histórica do indicador, iniciada em 2019. Em 12 meses, o valor médio do metro quadrado subiu 16,1%. Somente neste ano, o preço médio dos novos aluguéis avançou 11,03%.

Segundo Thiago Reis, gerente de dados do QuintoAndar, a alta decorre do aumento nos preços dos imóveis localizados em regiões com acesso fácil ao transporte público e à maior oferta de empregos.

“O aumento dos preços em São Paulo está espalhado por toda a cidade, mas o aumento é maior em regiões com mais opções de transporte público, como as linhas de metrô. Isso decorre da necessidade das pessoas voltarem a morar perto do trabalho, com o arrefecimento da pandemia”, pontua.

A seguir, confira os cinco bairros que tiveram maior alta no preço do aluguel na cidade nos últimos seis meses:

BairroVariação (%)
Água Fria19,7
Bom Retiro19,5
Pinheiros13,6
Jardim Marajoara12,6
Ipiranga12,2

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Como os consumidores podem economizar?

Apesar do cenário, os consumidores ainda têm encontrado espaço para negociação. Dados do Índice QuintoAndar mostram que a diferença entre o preço do anúncio e do contrato cresceu, atingindo -9,47%.

“Isso significa que os preços dos anúncios seguem subindo, diante da expectativa positiva do mercado, mas que o valor efetivamente pago não tem registrado um movimento na mesma magnitude. Ou seja, ainda há espaço para barganhar e conseguir o melhor preço”, comenta Reis.

Segundo o especialista, uma forma de economizar é começar o processo de busca de imóveis com antecedência. Um estudo recente, com dados de negociações concretizadas no QuintoAndar, revela que o desconto médio em imóveis alugados após quatro semanas é 30% maior que aquele concedido para imóveis similares alugados nas primeiras duas semanas e 75% maior que o desconto das unidades com contrato fechado em menos de sete dias.

O Índice QuintoAndar é pautado nos valores concretos de contratos fechados de aluguel. Isso significa que são consideradas as negociações entre locatário e inquilino, refletindo uma realidade mais assertiva e confiável do cenário residencial. A metodologia completa do índice pode ser conferida aqui.

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