Tools for Humanity: Procon-SP busca entender como a tecnologia é apresentada ao público e se há garantias adequadas sobre o uso e segurança dos dados coletados
Ferramenta de inteligência artificial
Publicado em 14 de fevereiro de 2025 às 09h10.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2025 às 10h57.
O Procon-SP recebeu na última quinta-feira, 13, representantes da Tools for Humanity, empresa controladora da World, para esclarecer detalhes sobre a atividade de escaneamento de íris realizada no Brasil. A ANPD (Agência Nacional de Proteção de Dados) suspendeu o envio de criptomoedas pelo projeto para os usuários que realizaram o registro de íris.
O Procon-SP busca entender como a tecnologia é apresentada ao público e se há garantias adequadas sobre o uso e segurança dos dados coletados. No encontro, a empresa explicou o funcionamento do World ID, um protocolo gerado a partir do escaneamento da íris dos usuários. O órgão paulista solicitou mais informações, que deverão ser enviadas para análise.
Para Luiz Orsatti Filho, diretor-executivo do Procon-SP, a iniciativa exige uma avaliação rigorosa. “Trata-se de uma tecnologia disruptiva que precisa ser muito bem detalhada, para que possamos verificar se atende ao Código de Defesa do Consumidor e outras legislações, como a que está sendo conduzida pela ANPD”, afirmou.
Entre os pontos levantados, o órgão pediu esclarecimentos sobre:
“A empresa paga usuários pelo escaneamento de sua íris, mas sem um contrato de compra e venda tradicional, o que exige uma análise detalhada para garantir transparência e direitos dos consumidores”, disse Orsatti.
A Worldcoin já enfrenta restrições em outros países devido a preocupações com privacidade e segurança de dados. A decisão da ANPD no Brasil reforça a necessidade de supervisão sobre o uso dessas informações sensíveis.