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Três ações para ficar de olho e lucrar em julho, segundo o BTG

Carteira recomendada de ações do banco sofre alterações após derrocada do mês anterior; analistas enxergam oportunidade de compra

Painel de cotações da B3: BTG avalia que a bolsa está em ótimo ponto de entrada após queda de junho (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3: BTG avalia que a bolsa está em ótimo ponto de entrada após queda de junho (Germano Lüders/Exame)

BQ

Beatriz Quesada

Publicado em 1 de julho de 2022 às 15h35.

Última atualização em 1 de julho de 2022 às 15h50.

O Ibovespa amargou uma queda de 11% no mês de junho, totalizando 6% de baixa no acumulado do ano. Depois da derrocada, o BTG Pactual reformulou sua carteira mensal de recomendação de ações, substituindo cinco das dez ações recomendadas.

“O Ibovespa sofreu uma grande correção em junho, chegando a um ótimo ponto de entrada, dado o seu valuation descontado. As ações locais [excluindo Petrobras e Vale] estão sendo negociadas a 8,4x P/L projetado de 12 meses, e o prêmio para manter as ações, de aproximadamente 6%, é o mais alto em 12 anos”, afirmaram os analistas em relatório.

Entre os papéis excluídos da nova carteira estão Itaú (ITUB4), Arezzo (ARRZ3) e Multiplan (MULT3). Já entre as novas ações, estão Petrobras (PETR3/PETR4), WEG (WEG) e Localiza (RENT3)

Veja abaixo as perspectivas do banco para três papéis da carteira recomendada de ações para julho:

Petrobras (PETR4)

A Petrobras foi reinserida na carteira mesmo com o risco político que ronda a estatal. A companhia tem sido pressionada pelo governo para controlar os preços dos combustíveis, atualmente atrelados ao mercado internacional. A expectativa do BTG é que a pressão política sobre a Petrobras diminua — ainda que por um curto período — dada a recente sequência de mudanças de CEOs e os cortes de impostos do governo sobre os combustíveis.

“O fator Combinado com a expectativa de um anúncio de pagamento de dividendos adicionais nas próximas semanas suporta uma postura mais otimista sobre a tese de investimento em relação ao restante do mercado. Resumindo, achamos que os fundamentos podem superar o ruído político”, afirmaram os analistas.

O principal risco para a tese é um cenário em que os preços do petróleo disparem novamente, “o que poderia desencadear um fluxo de notícias negativas sobre a política de preços de combustíveis da Petrobras”.

WEG (WEG3)

A WEG faz um contraponto e entra no portfólio por ser uma ação defensiva contra o cenário turbulento no Brasil e no exterior. “Em um mercado tão incerto, vemos a WEGE3 como uma escolha defensiva — exposição a dólar em termos de retorno sobre capital investido (ROIC) —, com a recente queda das ações abrindo um ponto de entrada interessante e bastante raro”, dizem os analistas.

A ação da empresa caiu 19% no acumulado do ano e a companhia negocia a 25x o múltiplo de preço/lucro (P/L) em 2023 o que, segundo o BTG, implica um “pequeno prêmio em relação a outros nomes globais de bens de capital”.

Localiza (RENT3)

Já a Localiza é vista como boa oportunidade depois de negociar de lado no último ano, apesar da aprovação do Cade para a incorporação da Unidas. “Projetamos sinergias relevantes da transação e esperamos que o mercado precifique gradualmente à medida que a empresa avance com a integração”, informa o relatório.

O BTG avalia ainda que as discussões do Projeto de Lei nº 5.638/2020, que poderia fornecer incentivos fiscais para a indústria do turismo, pode beneficiar o papel caso reduza os impostos federais sobre as locadoras de veículos. “Os fundamentos de longo prazo também estão intactos para o setor, com baixas taxas de penetração em muitos segmentos de produtos”, diz o banco.

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