A decisão entre renda fixa ou variável geralmente se resume ao equilíbrio entre risco e retorno. (mapodile/Getty Images)
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Publicado em 24 de julho de 2024 às 16h00.
Investir no mercado financeiro pode parecer uma tarefa árdua para leigos, especialmente quando se trata de escolher entre renda variável e renda fixa.
Paula Zogbi, da fintech Nomad, explica que a decisão entre essas duas opções geralmente se resume ao equilíbrio entre risco e retorno. Vamos explorar neste artigo os prós e contras de cada tipo de investimento e considerar a possibilidade de diversificar investimentos no exterior.
A renda fixa é frequentemente escolhida por investidores que buscam previsibilidade. Segundo Paula Zogbi, "a principal vantagem é a poder prever os retornos, já que você investe sabendo a taxa que vai receber e o prazo de vencimento".
Isso permite um planejamento financeiro eficiente, alinhando os investimentos com objetivos de curto, médio e longo prazo. Se mantido até o vencimento, o retorno é garantido, exceto em casos extremos em que o emissor não cumpre com a remuneração prometida.
No entanto, essa segurança tem um preço: a rentabilidade. Em comparação com a renda variável, os retornos na renda fixa tendem a ser mais modestos. Além disso, apesar de existir um mercado secundário para a renda fixa, sua flexibilidade e dinamismo são limitados quando comparados aos ativos de renda variável.
Investir em renda variável envolve assumir mais riscos, mas o potencial de valorização pode ser significativamente maior. "Embora não haja previsibilidade, o potencial de valorização pode ser consideravelmente superior", afirma Zogbi.
A flexibilidade na negociação e o dinamismo dos mercados, que respondem em tempo real às notícias e eventos corporativos, são vantagens significativas da renda variável.
Por outro lado, a ausência de previsibilidade pode ser um fator desafiador para investidores avessos ao risco. As flutuações do mercado podem levar a perdas substanciais, especialmente em períodos de volatilidade econômica.
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Explorar mercados internacionais pode abrir novas oportunidades tanto na renda fixa quanto na variável. "No exterior, existem mais oportunidades, incluindo segmentos e setores que não estão disponíveis no mercado brasileiro", destaca Zogbi.
A maior liquidez global facilita a negociação de ativos, tanto na renda variável quanto no mercado secundário de renda fixa.
No entanto, investir no exterior introduz o fator de variação cambial. A flutuação do câmbio pode trazer incertezas no curto prazo para a renda fixa, mas também oferece uma vantagem de proteção no longo prazo.
Essa diversificação geográfica pode ser uma estratégia eficaz para mitigar riscos e maximizar retornos.
Muitos investidores podem ser tentados a alocar todos os seus recursos na renda fixa, considerando-a uma opção mais segura. Contudo, Zogbi alerta que "a decisão da melhor diversificação para uma carteira deve ser feita com base no perfil do investidor e em seus objetivos com os investimentos".
Para alcançar uma rentabilidade equilibrada e proteção contra a inflação a longo prazo, a recomendação é equilibrar ativos de maior e menor risco.
Essa estratégia de diversificação pode incluir tanto investimentos domésticos quanto internacionais, combinando a segurança da renda fixa com o potencial de valorização da renda variável.
Ao diversificar, os investidores podem se beneficiar das vantagens de diferentes tipos de ativos e mercados, minimizando os riscos e maximizando os retornos potenciais.