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Pix Cobrança, alternativa ao boleto, começa a valer. Veja como funciona

Em seis meses, novo meio de pagamentos responde por metade das transferências e já soma R$ 1 trilhão em transações

 (Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

(Rafael Henrique/SOPA/Getty Images)

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Agência O Globo

Publicado em 14 de maio de 2021 às 10h47.

O Banco Central (BC) lançou nesta sexta-feira o Pix Cobrança, uma nova funcionalidade que vai permitir pagamentos com vencimentos futuros e que deve competir com o boleto bancário. O serviço já deve estar disponível nos aplicativos das instituições financeiras.

De acordo com BC, o Pix Cobrança vai funcionar com um QR Code no lugar do tradicional código de barras e vai permitir pagamentos futuros com previsão de juros, multas e descontos, assim como o boleto.

No entanto, neste primeiro momento as instituições terão a obrigação de apenas disponibilizar a leitura e pagamento com a data da leitura do QR Code.

Isso acontece porque o BC criou um período de transição que vai desta sexta-feira até 30 de junho para que os bancos e financeiras possam se adaptar ao sistema. Depois desse período, as instituições que optarem por oferecer o serviço deverão disponibilizar o o serviços com todas as funcionalidades.

Seis meses de Pix

O Pix vai completar seis meses de operação no próximo domingo e, segundo os dados mais recentes referentes a abril, já registrou 1 trilhão de transações.

De acordo com informações do “G1”, esse número representou 51% de todas as transações do país em abril, mais do que TED, DOC, boleto bancário e cheque em conjunto. Essa é a primeira vez que isso acontece desde o lançamento da ferramenta em novembro.

Nesse tempo, R$ 951 trilhões passaram pelo Pix seja em transferências pessoais, pagamentos para empresas, pagamentos entre empresas ou para o governo.

Ainda segundo as estatísticas do BC, em abril o Pix tinha 82 milhões de usuários cadastrados na pessoa física e 5,4 milhões de usuários na pessoa jurídica. Entre eles, 73%, ou, 60 milhões de PFs já fizeram o uso do Pix pelo menos uma vez, enquanto na pessoa jurídica o número foi de 4,6 milhões, ou 85%.

Como vai funcionar o Pix Cobrança

Como será emitido o QR Code?

Lojistas, fornecedores, prestadores de serviços e outros tipos de empresa vão poder emitir um QR Code no próprio aplicativo da instituição financeira com a previsão do pagamento e as informações sobre juros, multas e descontos.

Haverá tarifas nas transações?

O Pix é gratuito para pessoas físicas, empresários individuais e microempresários individuais (MEIs). No entanto, para o uso comercial, ele será tarifado em duas situações. Na primeira, se o recebimento for por QR Code dinâmico, que apresenta mais possibilidades de configuração do que o QR Code estático.

Na segunda, se a conta receber mais de trinta transações no mês. Nesse último caso, o banco terá de verificar se a pessoa está fazendo uso comercial do Pix e, se confirmar, cobrar uma tarifa a partir de 31ª transação.

Qual a diferença entre QR Code dinâmico e estático?

O estático poderá ser utilizado para transferências ou no comércio quando as informações para pagamentos não mudam, incluindo o valor do pagamento (exemplo: um sorveteiro, em que o preço do picolé é o mesmo sempre).

O dinâmico poderá ser utilizado no comércio quando as informações para pagamentos mudam a cada momento (ex: em um supermercado, quando o valor de cada compra é diferente).

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