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Pagamento por aproximação, biometria e Pix: os novos comportamentos do brasileiro

Pesquisa da Mastercard revela os principais hábitos financeiros dos brasileiros na hora de pagar, e mostra que segurança é aspecto prioritário nas escolhas

Mais da metade dos brasileiros relata usar o pagamento por aproximação, de acordo com pesquisa da Mastercard (wundervisuals/iStockphoto)
BA

Bianca Alvarenga

Publicado em 12 de julho de 2022 às 16h52.

Última atualização em 12 de julho de 2022 às 17h09.

A pergunta "débito ou crédito?" não é mais a única a ser respondida por quem está fazendo uma compra no cartão. Agora, o vendedor costuma complementar: "o pagamento vai ser por aproximação?" A adesão ao método contactless começou a dar os primeiros passos no Brasil no início da pandemia da covid-19, e continua em rápido crescimento.

Segundo uma pesquisa divulgada nesta terça, 12, pela Mastercard, mais da metade dos brasileiros financeiramente ativos relata ter feito pelo menos um pagamento por aproximação no último ano. O método só perde para o dinheiro, que foi citado por 62% dos respondentes. O levantamento ouviu mais de 6 mil pessoas na América Latina, sendo 694 delas no Brasil.

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Se em um primeiro momento, o contactless foi impulsionado pelos hábitos sanitários da pandemia (o de pagar sem tocar a máquina do cartão), hoje a comodidade é a pricipal explicação para a mudança de comportamento.

"A facilidade do uso é o ponto mais sensível para o cliente, e o próprio varejo já se adaptou para fornecer essa opção na hora da compra", explicou Estanislau Bassols, presidente da Mastercard Brasil, em conferência com jornalistas.

Além do pagamento por aproximação, o levantamento mostrou que as transações digitais, como os pagamentos instantâneos e por QR Code ganharam espaço de forma relevante no último ano. A pesquisa não cita em específico o Pix, pois essa é uma tecnologia de identidade brasileira, e os dados foram coletados de forma mundial.

Mas Bassols lembra que dois terços da população já usa ferramentas digitais em transações financeiras, e que, quando incluído o Pix, esse total vai para 75%, de acordo com dados do Banco Central.

Segurança é preocupação principal

A pesquisa também mostrou que a segurança é um ponto sensível para os brasileiros —mais da metade dos entrevistados disse que escolhe como pagar de acordo com o nível de proteção da ferramenta financeira utilizada.

O aumento do número de fraudes e crimes utilizando ferramentas financeiras, em especial às mais novas, como o Pix e os cartões com a tecnologia NFC (que permitem pagar valores menores sem o uso de senha) preocupam os consumidores.

Questionado como a indústria de pagamentos tem endereçado essas preocupações, o executivo da Mastercard citou, por exemplo, o crescimento das carteiras digitais, que também podem ser usadas em pagamentos por aproximação, mas que requerem uma senha ou uma identificação biométrica para serem acessadas.

"A chamada ' tokenização' é um dos elementos mais relevantes para que o cliente continue a fazer transações digitais de forma segura", explicou Bassols.

O levantamento da Mastercard apontou que a carteira digital foi utilizada por 43% dos respondentes, e que o uso dessa ferramenta cresceu 56% no último ano.

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