Desenrola Brasil: o programa ofereceu descontos médios de 86,3% (Getty/Getty Images)
Editora de Finanças
Publicado em 23 de novembro de 2023 às 17h45.
Última atualização em 23 de novembro de 2023 às 19h15.
O ‘Dia D do Desenrola’ que aconteceu na última quarta-feira, 22, contabilizou R$ 433 milhões renegociados. Para atender os consumidores endividados, a Caixa e o Brasil abriram as agências bancárias uma hora mais cedo.
Segundo o balanço divulgado pelo Ministério da Fazenda, cerca de 72 mil pessoas foram beneficiadas com condições diferenciadas de renegociação. A ação solucionou R$ 26 bilhões em dívidas, e o valor total renegociado, em apenas um dia, foi sete vezes maior que a média diária da última semana.
Nos momentos de pico de acessos à plataforma do Desenrola na internet, foram feitas mais de duas renegociações por segundo. O Programa ofereceu descontos médios de 86,3%. O valor médio parcelado foi de R$ 1.087 e, à vista, o valor médio de pagamentos foi de R$ 262.
Desde o lançamento da Faixa 1, em 9 de outubro, a plataforma já oferecia a possibilidade de pagamento à vista de dívidas de até R$ 20 mil.
Desde segunda-feira, 20, é possível efetuar as negociações dessas dívidas de forma parcelada. O Desenrola Brasil foi lançado em 17 de julho de 2023 para recuperar as condições de crédito dos devedores. Desde então, o programa soma 3 milhões de brasileiros renegociassem cerca de R$ 246 bilhões em dívidas. Como parte do programa, os principais bancos do país ainda retiraram automaticamente 10 milhões de registros de negativação de pequenas dívidas, com valor de até R$ 100.
Os investidores podem renegociar suas dívidas pelo programa até o dia 31 de dezembro.
O programa, lançado em julho de 2023, é uma oportunidade para os negativados recuperarem imediatamente a capacidade de crédito, visto que, em menos de um mês após a assinatura do acordo, o devedor tem seu nome limpo em relação à dívida renegociada.
Para ingressar na plataforma e poder renegociar as dívidas, é necessário fazer antecipadamente o cadastro no site Gov.br e elevar o nível da conta para prata ou outro (veja abaixo como fazer). No site, também é possível consultar quais são as dívidas que cada pessoa pode renegociar, além do desconto oferecido pelos credores.
A pessoa interessada em renegociar suas dívidas precisa criar um cadastro no portal do governo, o Gov.br, e elevar o nível da conta para prata ou ouro. Esse “nível da conta” serve para dar maior segurança aos usuários, além de confirmar sua identidade e poder lhe oferecer melhores serviços no portal.
Qualquer cidadão brasileiro ou estrangeiro com CPF pode fazer o cadastro dentro da plataforma Gov.br. Para criar a conta, é preciso baixar o aplicativo (App Store ou Google Play) e seguir os passo, começando pelo "criar conta". Com o cadastro, o cidadão consegue ter acesso a diversos serviços digitais do governo como INSS, carteira de trabalho digital e o seguro desemprego.
O acesso a plataforma se dá pelo site Desenrola.gov.br, com a própria página do Gov.br, onde o usuário precisa logar com seu CPF e senha.
Na parte “Minhas dívidas” é possível consultar todas as dívidas habilitadas no programa para serem renegociadas. Para descobrir cada opção, no canto direito será possível visualizar todas as informações da dívida selecionada. Haverá dívidas com opção de pagamento somente à vista e outras em que será permitido o parcelamento.
A pessoa pode selecionar mais de uma dívida e renegociar de uma só vez. É necessário selecionar todas que deseja pagar e, para a opção de parcelamento, o usuário será redirecionado para iniciar a renegociação.
O próximo passo é escolher o banco de sua preferência para realizar o financiamento. Depois, o usuário deve escolher a data de vencimento da primeira parcela.
Na sequência, serão ofertadas duas opções de parcelamento e o usuário deverá escolher o que mais se adequa, como parcelas menores ou maiores descontos. Ainda há um simulador para personalizar a própria proposta.
Depois, o usuário irá checar seus dados pessoais e, na sequência, a proposta será enviada para o banco escolhido, que irá analisar.
Com a aprovação do banco, o próximo passo é escolher a forma de pagamento de preferência (PIX, boleto ou débito automático).
O último passo é ler o contrato final da renegociação proposta - com atenção. Neste contrato, constará os deveres e direitos do processo de pagamento da dívida. Se tudo estiver correto, a assinatura do contrato de negociação será realizada.