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Veja como funciona o PIX parcelado e qual a diferença do cartão de crédito

Funcionalidade, semelhante a um empréstimo pessoal, está disponível em alguns bancos 

Parcelamento é uma opção democrática que permite compras de maior valor, inclusive no PIX (Basak Gurbuz Derman/Getty Images)
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Publicado em 3 de novembro de 2023 às 08h00.

Última atualização em 13 de março de 2024 às 17h35.

O PIX parcelado é uma das novidades do ano. Dessa vez, as instituições se adiantaram à regulamentação do Banco Central e promovem a função aos moldes de um empréstimo pessoal.

“O método de transações veio com a finalidade de mais inclusão das pessoas no sistema financeiro, para melhorar e agilizar os meios de pagamento”, diz Fernanda Melo, planejadora financeira pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro).

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Melo ainda afirma que, com base nas evoluções e com a aderência da sociedade ao PIX, é comum que apareçam novos recursos, como acontece com o PIX saque e o PIX troco.

O que é e como funciona o PIX parcelado?

O PIX parcelado é mais um meio de pagamento disponível no mercado para os consumidores que não têm dinheiro para fazerem suas compras à vista, explica Ana Calixto, economista e consultora financeira.

O PIX, por ser um pagamento instantâneo, veio como uma alternativa ao TED, DOC, débito e pagamento em dinheiro. Já o PIX parcelado tem suas semelhanças com o cartão de crédito e crediário.

Para essa forma de pagamento recente, o beneficiário recebe o montante em segundos, enquanto o comprador pode optar pelo parcelamento pelo próprio aplicativo do banco, geralmente após digitar a chave PIX.

As parcelas devem ser pagas mês a mês, com o débito na conta corrente no dia do vencimento ou na fatura do cartão, a depender da modalidade oferecida.

O PIX parcelado também tem uma quantidade de parcelas máximas, a depender da instituição financeira e do seu saldo em conta. No momento, nem todas adotaram o PIX parcelado.

Qual a diferença entre PIX parcelado e cartão de crédito?

Para o cartão de crédito, são analisadas várias características e condições do cliente, como o histórico de crédito, o score que tem no cartão de crédito, histórico de pagamentos, até a segmentação dele no banco para oferecer um cartão que seja mais vantajoso ou menos vantajoso, diz Fernanda Melo.

Quando se trata de PIX parcelado a partir de crédito pessoal, os juros cobrados são mais elevados do que aqueles cobrados pelas operadoras no parcelamento por cartão de crédito, encarecendo assim o preço pago no produto, afirma Ana Calixto.

Além disso, caso o consumidor faça mais de um PIX parcelado por mês, é provável que o débito em conta das parcelas aconteça em datas diferentes, o que dificulta a organização financeira, afirma Calixto, enquanto a fatura do cartão é consolidada em um único pagamento.

“Um ponto de atenção é que ao não pagar a fatura do cartão você fica sujeito aos juros do rotativo ou do parcelamento da fatura. Enquanto no PIX parcelado, na modalidade de empréstimo pessoal, caso não haja dinheiro na conta para pagamento da parcela, o valor é debitado utilizando o limite do cheque especial”, explica Calixto. “De qualquer forma, os juros são elevados, necessitando de planejamento financeiro para não gastar além da conta nas compras parceladas”.

O PIX parcelado do Banco PAN

Existem algumas regras para função no Banco PAN. As transações devem partir de R$100 e estão vinculadas com as diretrizes do empréstimo, como a análise de crédito.

Essa análise envolve renda, uso de produtos do PAN e a inadimplência. Por ser uma concessão de crédito sem garantia, toda essa análise de crédito é pensando no risco do perfil desse cliente na concessão do limite e taxa, afirma Karina Homma, especialista na área de empréstimos do Banco PAN. Todas essas variáveis interferem tanto no limite ofertado quanto na taxa ofertada e no prazo para o cliente.

“Há taxa mensal dentro do valor contratado pelo cliente. Fica claro que ele está contratando um produto semelhante ao empréstimo”, diz Rodrigo Bulhões, coordenador de produtos do Banco PAN.

A jornada do cliente acontece toda pelo aplicativo. Por exemplo, a compra em um e-commerce com um valor de R$ 1000. Se não há dinheiro em conta, basta escanear QR Code da cobrança da compra ou o copia e cola e selecionar a quantidade de vezes que gostaria de parcelar. Também estará discriminado o valor do juro sobre a compra.

“E deixamos claro para quem não tem acesso a função para não gerar frustração para o cliente”, explica Karina Homma, especialista na área de empréstimos do Banco PAN.

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