Painel de cotações na B3, a bolsa brasileira (Germano Lüders/Exame)
Redação Exame
Publicado em 9 de junho de 2023 às 07h52.
Última atualização em 9 de junho de 2023 às 09h46.
A expectativa para a próxima decisão do Fed, na quarta-feira da semana que vem, 14, já está se refletindo nos mercados. Os índices futuros dos EUA e as bolsas da Europa operam em baixa com os investidores se preparando para a decisão.
Há, no entanto, uma percepção maior de que o Fed deve pausar o aumento na taxa de juros americanos. Essa aposta ganhou forças com a divulgação na quinta-feira, 8, dos pedidos de auxílio desemprego, que cresceram ao maior nível desde outubro de 2021, sinalizando uma descaleração econômica,
Na Ásia, as bolsas fecharam em alta refletindo o dia positivo da quinta-feira em Wall Street. Além disso, a inflação da China veio mais fraca do que o esperado e seis bancos estatais chineses cortaram taxas de depósito, o que abre caminho para corte de juros do Banco Central Chinês e para novos estímulos de Pequim para a economia. O minério de ferro também subiu com força em Cingapura e Dalian.
Sem operação ontem, os investidores da Bolsa brasileira tem alguma sinalização de clima com o principal fundo de índice brasileiro negociado em Nova York, o EWZ, que fechou em alta de 0,71%, a US$ 31,03. Foi especialmente impulsionado pela alta dos ADRs de Vale (1,08%) e Petrobras (1,80%).
Desempenho dos indicadores próximo às 7h (de Brasília):
A bolsa brasileira volta a abrir hoje depois de ficar fechada na véspera para o feriado de Corpus Christi. Na quarta-feira, o Ibovespa renovou a máxima do ano, e fechou aos 115.488 pontos. O otimismo ganhou novo fôlego com a divulgação do IPCA, que, em maio, caiu para o menor patamar em quase três anos. O dado aumentou a pressão pelo início do ciclo de corte de juros, o que derrubou os juros futuros e impulsionou a bolsa.
O feriado de Corpus Christi ajudou a reduzir as atividades em Brasília. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou na última semana que o arcabouço fiscal será votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) apenas na próxima semana.
Os contratos futuros do minério de ferro em Cingapura fecharam em alta de 2,13%, a US$ 112,55 a tonelada, e os contratos á vista avançaram 1,97%, a US$ 113,80 por tonelada. Em Dalian, na China, a commodity subiu 3,44%, a US$ 113,91.
Em semana mais curta, investidores devem ficar na expectativa para a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que acontece nos dias 13 e 14 de junho. A maioria das projeções do mercado (66,2%) aposta em uma manutenção da taxa de juros, que está atualmente no patamar entre 5% e 5,25% ao ano, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.
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