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Twitter aceita proposta de compra de Elon Musk por US$ 44 bilhões

Bilionário afirmou que vai fechar o capital da empresa que opera a rede social; ações sobem quase 6% na Nasdaq

Transação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração do Twitter, mas o negócio ainda será submetido à aprovação de acionistas e dos órgãos reguladores (AFP/AFP)

Transação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração do Twitter, mas o negócio ainda será submetido à aprovação de acionistas e dos órgãos reguladores (AFP/AFP)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 25 de abril de 2022 às 16h05.

Última atualização em 25 de abril de 2022 às 17h42.

O Twitter (TWTR) decidiu aceitar a proposta do bilionário Elon Musk de US$ 44 bilhões pela rede social, com preço de US$ 54,20 por ação. Após a confirmação da operação na tarde desta segunda-feira, 25, as ações do Twitter passaram a subir com mais força na bolsa americana Nasdaq e fecharam em alta de 5,68%, a US$ 51,70. No Brasil, os BDRs (recibos das ações negociadas no exterior) da empresa encerraram o pregão com valorização de 7,20%.

Musk disse na oferta que pretende fechar o capital da rede social após a aquisição. Ou seja, a empresa passará a ser totalmente privada. A expectativa é que a operação seja concluída ainda neste ano.

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O preço de compra de US$ 54,20 por ação representa um prêmio de 38% em relação ao preço de fechamento dos papéis do Twitter em 1º de abril de 2022, que foi o último dia de negociação antes de Musk ter revelado que havia comprado uma participação de pouco mais de 9% no capital do Twitter.

Em comunicado à imprensa nesta segunda, o homem mais rico do mundo destacou que pretende "tornar o Twitter melhor do que nunca, aprimorando o produto com novos recursos, tornando os algoritmos de código aberto para aumentar a confiança, derrotando os bots de spam e autenticando todos os humanos”. 

“O Twitter tem um tremendo potencial – estou ansioso para trabalhar com a empresa e a comunidade de usuários para destravá-lo”, afirmou.

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A transação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da empresa, em uma reviravolta em relação ao cenário de duas semanas atrás, mas o negócio ainda será submetido à aprovação de acionistas e dos órgãos reguladores. 

“O conselho do Twitter conduziu um processo cuidadoso e abrangente para avaliar a proposta de Musk com foco deliberado em valor, certeza e financiamento. A transação proposta proporcionará um prêmio substancial em dinheiro e acreditamos que é o melhor caminho a seguir para os acionistas do Twitter", disse Bret Taylor, presidente do conselho independente do Twitter, em pronunciamento oficial da empresa.

Twitter vendido, e agora?

Segundo a avaliação preliminar de analistas, Musk deve se tornar mais do que o dono da empresa, mas também a cabeça à frente da condução estratégica da companhia. 

"Historicamente o perfil do Musk é muito centralizador – ele continua à frente da Tesla, da Space X e de outros negócios –, mas acredito que ele deve trazer um time robusto para mudar o direcionamento da empresa”, avaliou José Augusto Albino, sócio da Catarina Capital, gestora especializada em papéis de tecnologia.

Albino argumentou, no entanto, que é difícil prever os próximos passos da empresa. “É difícil dizer se a empresa vai buscar rentabilidade, como um investimento financeiro, ou se será mantida como um negócio fechado. É preciso esperar para ver", concluiu.

Entenda o negócio

No fim de março, o CEO da Tesla e da SpaceX foi até a rede social perguntar aos seus mais de 80 milhões de seguidores, por meio de uma enquete, se eles acreditavam que o Twitter atendia os princípios de liberdade de expressão.

Após 70% responderem que não, Musk disse que considerava seriamente criar uma versão do Twitter em que "a liberdade de expressão tivesse prioridade máxima" e a "propaganda fosse mínima", como disse um usuário que foi respondido pelo bilionário.

Poucos dias depois, Musk revelou a compra de 9% de participação no Twitter, tornando-se o maior acionista da rede social. 

Na sequência, o empreendedor apresentou a sua oferta "final" de US$ 43 bilhões no dia 14 de abril para comprar todas as ações em circulação no mercado.

O conselho da empresa inicialmente foi contrário à operação, mas o negócio ganhou novos contornos após Musk delinear seu plano de financiamento da aquisição na última quinta-feira, dia 21. Em documento enviado ao equivalente da Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos (SEC, na sigla em inglês), Musk afirmou que tinha conseguido levantar quase U$ 46,5 bilhões para financiar a operação.

O bilionário disse ter compromissos com o banco Morgan Stanley para obter dois empréstimos, um de US$ 13 bilhões e outro de US$ 12,5 bilhões, além de destinar US$ 21 bilhões de sua fortuna pessoal para concluir a compra.

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