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Super Quarta com Copom e Fed e o que mais move os mercados

Nos EUA, as apostas são por aumento de 0,25 ponto percental; aqui é esperada a manutenção da Selic em 13,75%, mas o olhar do mercado estará no comunicado

Presidente do Fed, Jerome Powell fala às 15h30 (Samuel Corum//Getty Images)

Presidente do Fed, Jerome Powell fala às 15h30 (Samuel Corum//Getty Images)

Publicado em 22 de março de 2023 às 07h30.

No dia da nova decisão do comitê do Federal Reserve para decidir a trajetória dos juros nos Estados Unidos, os índices futuros do mercado norte-americano andam de lado, enquanto os principais índices das bolsas europeias, cujo pregão já está aberto, seguem mistos. No Reino Unido, por exemplo, os investidores tentam digerir dados de uma inflação mais alta em fevereiro.

A maior parte do mercado aposta no aumento de 0,25 ponto percentual dos juros nos EUA, mas há quem acredite numa pausa após os episódios de problemas bancários com Silicon Valley Bank, First Republic e o Credit Suisse, que, por fim, foi comprado pelo rival UBS numa costura do governo suíço concluída no último domingo.

Por aqui, o investidor também espera a decisão do Copom sem expectativa de surpresas. É praticamente unanimidade que o comitê do Banco Central manterá a Selic em 13,75%, mas o olhar do mercado estará no comunicado, que pode sinalizar o quanto essa manutenção será duradoura ou se uma queda já se avizinha.

O arcabouço fiscal, que foi fonte de ansiedade de todo o mercado nos últimos dias, continuará, por enquanto, como expectativa. Isso porque em entrevista na manhã de ontem, o presidente Lula afirmou que as novas regras fiscais deverão ser apresentadas apenas após a volta de sua viagem à China.

No evento Melhores do Mercado 2022, promovido pela EXAME, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, indicou que a receptividade do plano tem sido adequada e afirmou que o objetivo é que o novo arcabouço seja algo "crível para a sociedade e traga estabilidade ao mercado", permitindo crescimento de investimentos bem como a realização da agenda de políticas sociais.

Desempenho dos indicadores por volta das 7h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): -0,12%
  • S&P 500 futuro (Nova York): -0,15%
  • Nasdaq futuro (Nova York): -0,28%
  • DAX (Frankfurt): +0,37%
  • CAC 40 (Paris): +0,10%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,25%
  • Stoxx 600 (Europa): +0,16%
  • Hang Seng (Hong Kong): +1,73%

Super Quarta: decisão de juros no Brasil e nos EUA

A trajetória dos juros está nos holofotes dos investidores nesta quarta-feira, 22, marcada por decisões de política monetária tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos – evento conhecido no mercado como “Super Quarta”. 

Após o fechamento do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulga a decisão da taxa básica de juros brasileira, a Selic.

Já o Fomc, comitê do Federal Reserve (Fed) responsável por decidir a taxa de juros nos Estados Unidos, apresenta sua decisão às 15h (horário de Brasília). As atenções, no entanto, devem ficam com o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, às 15h30, detalhando a decisão do Fomc.

Veja também

Inflação segue resiliente no Reino Unido e Europa

Hoje os dados de inflação do Reino Unido mostraram aceleração dos preços em fevereiro. No acumulado de 12 meses, o indicador passou de 10,1% em janeiro para 10,4% em fevereiro, com os preços da energia ainda pressionando os bolsos das famílias.

No restante da Europa, a indicação é de que a inflação segue persistente. Depois de elevar os juros do bloco econômico em 0,5 ponto percentual, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde reiterou, hoje, que a inflação ainda está elevada.

Quais os balanços do dia?

A temporada de balanços do quarto trimestre conta com quatro balanços nesta quarta-feira, entre eles o da Braskem (BRKM5). Veja a lista:

  • Braskem (BRKM5)
  • Lopes Brasil (LPSB3)
  • T4F (SHOW3)
  • Unifique (FIQE3)

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Como o Ibovespa fechou no último pregão?

O Ibovespa fechou esta terça-feira, 21, no zero a zero, dividido entre tendência positiva no exterior e as incertezas internas. Lá fora, as bolsas europeias e o mercado dos Estados Unidos subiram com o arrefecimento da crise bancária americana. Por aqui, o adiamento da apresentação do arcabouço fiscal esfriou os ânimos.

 

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