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Small Cap sobe após balanço e bate quase 100% de alta no ano. Ainda vale investir?

Lucro da Marcopolo saltou 250% no terceiro trimestre, mesmo com menor volume de produção no período; maior parte dos analistas que cobrem a empresa recomendam a compra da ação

Painel de cotações da B3 (NurPhoto/Getty Images)

Painel de cotações da B3 (NurPhoto/Getty Images)

Publicado em 1 de novembro de 2023 às 11h54.

Última atualização em 1 de novembro de 2023 às 12h39.

As ações da Marcopolo (POMO4) sobem mais de 3% nesta quarta-feira, 1, em reação ao balanço do terceiro trimestre divulgado pela empresa na última noite.  A fabricante de ônibus aumentou seu lucro líquido em 246% no período para R$ 161,7 milhões.

A receita liquida subiu 6,5% para R$ 1,615 bilhão. O aumento de receita ocorreu mesmo com queda anual de 25% em unidades produzidas mundialmente pela empresa. A alta de receita, segundo a empresa, "reflete o incremento de volumes de rodoviários vendidos, tanto no Brasil como no exterior, especialmente com o crescimento das vendas dos modelos G8, bem como um melhor mix de vendas no Brasil, com maior exposição a ônibus rodoviários de maior valor agregado".

O bom momento é sustentado pela recuperação do  setor de ônibus rodoviários,  melhor cenário para o fornecimento de componentes e otimismo com os volumes do programa Caminhos da Escola. No ano, as ações da Marcopolo acumulam 90% de alta.

Dados compilados pela plataforma TradeMap mostram que entre 7 analistas que cobrem a ação, 4 recomendam a compra do papel e 3 estão com recomendação neutra para os papéis. O Itaú e o BTG Pactual (do mesmo grupo controlador da Exame) estão entre os mais otimistas com a empresa.

"A rentabilidade da Marcopolo foi um dos destaques do terceiro trimestre, devido ao mix positivo no mercado interno e às margens crescentes nas operações externas", escreveram os analistas do Itaú em relatório. 

Analistas do BTG Pactual pontuaram que, apesar do menor volume de produção, a Marcopolo "conseguiu entregar resultados sólidos, com bom crescimento da receita líquida e fortes margens, reforçando a estrutura de custos aprimorada e a eficiência operacional da empresa".

Vale a pena?

O preço-alvo mediano das recomendações compiladas pelo TradeMap é de R$ 6,22, o que sugere um espaço para as ações subirem mais 17%. Os analistas do BTG, contudo, tem um perspectiva mais conservadora, com preço alvo de R$ 5,50, apenas. As ações preferenciais da empresa são negociadas a perto de R$ 5,40. O preço-alvo do Itaú, mesmo com recomendação de compra, é de R$ 3,80.

As perspectivas, no entanto, podem mudar a depender da evolução das entregas da empresa. A grande expectativa dos analistas, hoje, é quanto as entregas no âmbito da nova fase do programa Caminho da Escola. Em outubro, a companhia foi habilitada por meio de licitação a entregar entregar, direta ou indiretamente, até 7.720 veículos adicionais (5.600 micros e 2.120 Volares). As primeiras entregas estão previstas para o primeiro trimestre.

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