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Rali de títulos deve pesar sobre ações dos EUA, diz BofA

O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA recuou para cerca de 4,2%, depois de atingir 5% no final de outubro, o maior nível desde 2007

Mercado americano: O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA recuou para cerca de 4,2%, depois de atingir 5% no final de outubro, o maior nível desde 2007 (Leandro Fonseca/Exame)

Mercado americano: O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA recuou para cerca de 4,2%, depois de atingir 5% no final de outubro, o maior nível desde 2007 (Leandro Fonseca/Exame)

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Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2023 às 13h53.

Os mercados acionários dos EUA podem enfrentar um primeiro trimestre difícil no ano que vem, diante de um rali dos títulos como resultado da desaceleração da economia, de acordo com Michael Hartnett, do Bank of America.

O estrategista – que manteve a visão pessimista mesmo com o S&P 500 em alta de cerca de 19% neste ano – disse que os rendimentos mais baixos foram um dos principais catalisadores dos ganhos das ações no trimestre atual. No entanto, uma nova queda para 3% significaria um “pouso forçado” para a economia.

A narrativa de “rendimentos mais baixos = ações mais elevadas” mudaria para “rendimentos mais baixos = ações mais baixas”, escreveu Hartnett em nota de 7 de dezembro.

O rali das bolsas nos EUA praticamente estacionou neste mês, após um dos melhores desempenhos de novembro em um século, com investidores tentando adivinhar quando o Federal Reserve vai começar a cortar as taxas de juros. O rendimento dos títulos de 10 anos dos EUA recuou para cerca de 4,2%, depois de atingir 5% no final de outubro, o maior nível desde 2007.

Os indicadores de confiança também já não apoiam ganhos extras em ativos de risco, disse Hartnett. O índice “bull-and-bear” personalizado do BofA subiu de 2,7 para 3,8 na semana encerrada em 6 de dezembro, no maior salto semanal desde fevereiro de 2012. Uma leitura abaixo de 2 é geralmente considerada um sinal de compra contrário.

O cenário pessimista de Hartnett contrasta com a da estrategista quantitativa do próprio BofA, Savita Subramanian, segundo o qual o S&P 500 deve subir para uma máxima histórica no próximo ano, devido à desaceleração da inflação e à eficiência corporativa. Analistas do Deutsche Bank e do RBC Capital Markets também projetam uma máxima histórica para o índice em 2024. Michael Wilson, do Morgan Stanley – um dos mais pessimistas de Wall Street – tem uma perspectiva mais neutra.

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