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PSOL pede fim de autonomia do BC, reação ao Itaú, Marisa troca direção e o que mais move o mercado

Projeto de lei retira mandato de 4 anos para presidente do BC; proposta é apresentada após trégua entre governo e Campos Neto

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andre Coelho/Bloomberg via/Getty Images)

Roberto Campos Neto, presidente do BC (Andre Coelho/Bloomberg via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 8 de fevereiro de 2023 às 08h01.

Última atualização em 8 de fevereiro de 2023 às 08h21.

O mercado internacional opera sem uma direção definida nesta quarta-feira, 8. Bolsas da Europa sobem nesta manhã, ainda absorvendo o discurso mais brando de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), na última tarde, enquanto índices futuros de Wall Street apresentam leves quedas no mercado de futuros, após terem fechado o último pregão em alta.

A despeito das preocupações de investidores quanto aos efeitos inflacionários do menor desemprego em mais de 50 anos nos Estados Unidos, Powell reiterou que o processo de desinflação já começou. As declarações voltaram a provocar efeitos positivos no mercado, com queda do dólar e alta nas bolsas de valores.

Por outro lado, novas altas de juros são esperadas. Segundo monitor do CME Group, o mercado já precifica mais de 50% de chance de a taxa, hoje entre 4,5% e 4,75%, superar a linha dos 5%. A probabilidade de a taxa chegar a 5,5% é precificada em 35%.

No Brasil, dos últimos nove pregões, o Ibovespa caiu em sete -- e ontem não foi diferente. Mesmo com o cenário positivo no exterior, a bolsa brasileira fechou a última sessão no vermelho, com investidores ainda digerindo os atritos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom), no entanto, foi vista como uma "trégua". Ministro da Fazenda, Fernando Haddad classicou o documento como "amigável".

Na ata, o BC chegou a atribuir à deterioração da expectativa de inflação uma possível percepção de "leniência" sobre o atingimento de metas. O BC também ponderou que a  possibilidade de mudança de metas também pode ter piorado as expectativas do mercado, mas negou avaliar as motivações de uma possível mudança (sondada por Lula), dizendo que buscará cumprir a meta independentemente qual seja.

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Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,16%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,27%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,15%
  • FTSE 100 (Londres): + 0,85%
  • DAX (Frankfurt): + 0,88%
  • CAC 40 (Paris): + 0,71%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 0,07%

PSOL pede fim de autonomia do BC

Apesar da trégua entre BC e membros do governo, o PSOL, aliado histórico do PT, apresentou na terça-feira, 7, um projeto de lei para retirar o mandato de 4 anos para o presidente do BC. O PSOL também protocolou um requerimento para que Campos Neto vá ao plenário da Câmara dar explicações sobre a condução da política monetária.

Reação ao Itaú

Do lado corporativo, investidores devem reagir nesta quarta ao balanço do quarto trimestre do Itaú (ITUB4), divulgado na última noite. O banco registrou R$ 7,66 bilhões de lucro líquido no período. O número representou uma alta anual de 7,1%, mas ficou abaixo das expectativas do mercado quer era de R$ 8,26 bilhões de lucro líquido. Houve queda de 5,1% em relação ao trimestre anterior. O resultado mais fraco ocorreu devido às provisões contra inadimplência, que ficaram em R$ 1,3 bilhão, impulsionadas pelo efeito Americanas.

Balanços do dia com MRV, Petz e Klabin

Para esta quarta são esperados para após o encerramento do pregão os balanços da MRV (MRVE3), Petz (PETZ3), CSN (CSNA3) e Grupo Mateus (GMAT3). O resultado da Klabin (KLBN11) está previsto para esta manhã.

Marisa

A Marisa (AMAR3) anunciou o pedido de renúncia do presidente da companhia Adalberto Pereira Santos e do membro do conselho Marcelo Adriano Casarin. Alberto Kohn de Penha, atual vice-presidente da companhia, irá assumir o comando da empresa interinamente.

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