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Paridade euro-dólar, Petrobras, prévia da B3 e o que mais move o mercado

Dólar renova maior patamar em 20 anos frente ao euro e chega a igualar valor da moeda europeia

Euro e dólar já valem quase a mesma coisa (Gerard Bottino/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

Euro e dólar já valem quase a mesma coisa (Gerard Bottino/SOPA Images/LightRocket via/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de julho de 2022 às 07h22.

Última atualização em 13 de julho de 2022 às 17h07.

O pessimismo sobre os rumos da economia global diante de taxas de juros mais altas e restrições por Covid na China segue como pano de fundo das negociações no mercado internacional nesta terça-feira, 12.

Índices de ações do mundo inteiro voltam a registrar perdas nesta manhã, enquanto investidores aumentam as apostas no dólar, motivados pela busca por proteção e maior rendimento da renda fixa dos Estados Unidos.

A moeda americana sobe contra divisas do mundo inteiro, mas é frente ao euro que o dólar vem se mostrando ainda mais forte. Com o diferencial de juros cada vez maior entre as economias americana e europeia, o euro chegou a ser negociado a US$ 1,0000, no menor patamar desde 2002.

Embora tenha saído da mínima ao bater a paridade de 1 para 1 contra o dólar, parte do mercado acredita que é apenas uma questão de tempo para o euro passar a valer menos que o dólar -- o que não ocorre há 20 anos. Mais inflação na Europa e aumento do já elevado poder de compra do consumidor americano estão entre as possíveis consequências da valorização do dólar no mundo.

As commodities, por outro lado, deixaram de ser uma alternativa óbvia para se proteger do fantasma da inflação, com temores cada vez maiores de desaceleração da economia global. Retomada de medidas para conter uma nova variante do coronavírus na China aumentam ainda mais as incertezas sobre o nível de demanda por materiais básicos.

Os planos para controlar a doença na China afetam principalmente o minério de ferro, que tem o gigante asiático como seu principal consumidor. Segundo a Reuters, o metal caiu mais de 4% nesta madrugada em Dalian, mesmo com anúncio de planos para a construção de estradas no país. O petróleo também não passa ileso às preocupações do mercado, caindo para próximo de US$ 104 por barril.

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Desempenho dos indicadores às 8h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): - 0,88%
  • S&P 500 futuro (Nova York): - 0,77%
  • Nasdaq futuro (Nova York): - 0,55%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,69%
  • DAX (Frankfurt): - 0,97%
  • CAC 40 (Paris): - 0,51%
  • Hang Seng (Hong Kong): - 1,32%
  • Shangai Composite (Xangai): - 0,97%
  • Nikkei 225 (Tóquio): - 1,77%

Petrobras vende Gaspetro

A Petrobras (PETR4) informou ter finalizado a venda de 51% da Gaspetro para a Compass por R$ 2,1 bilhões, integralmente pago na véspera. A venda faz parte dos planos de desinvestimento da companhia, que têm como objetivo a "melhor alocação de capital". A Gaspetro possui 18 companhias distribuidoras de gás natural e atende mais de 500.000 clientes.

B3: menor volume em junho

A B3 (B3SA3) registrou  em prévia operacional de junho queda de 25% do volume negociado no mercado de ações frente ao mesmo período do ano passado. O volume ficou 8,7% abaixo do apresentado no mês anterior. O ritmo do crescimento do número de investidores também vem perdendo força diante da maior instabilidade do mercado acionário e atratividade da renda fixa. O número de CPFs na bolsa cresceu 1,2% no mês para 4,4 milhões, enquanto o salto foi de 38,3% contra junho do ano passado.

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