Pão de Açúcar (PCAR3) dispara quase 9% com balanço ‘melhor que o esperado’
Números divulgados na véspera pesam positivamente para o desempenho do PCAR3 na bolsa hoje
Repórter de Invest
Publicado em 31 de outubro de 2023 às 12h27.
Última atualização em 31 de outubro de 2023 às 15h35.
As ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) lideram as maiores altas do Ibovespa desta terça-feira. Por volta das 15h30, os papéis subiam 8,98%. E a razão para a disparada se deve ao resultado reportado no balanço do terceiro trimestre, na véspera, que anima os analistas hoje.
A Genial Investimentos destaca que o resultado operacional veio melhor que o esperado e que a bandeira Pão de Açúcar apresentou uma evolução significativa — contribuindo para que o grupo atingisse uma receita bruta de R$ 4,7 bilhões. O valor representa uma alta anual de 9,5%. “A dinâmica veio bem em linha com a nossa prévia, reportando um aumento de penetração de perecíveis em suas vendas e, consequentemente, elevando a rentabilidade da companhia no período”, escrevem os analistas.
Outros números destacados pela casa foram a rentabilidade bruta, que cresceu 130 pontos-base e atingiu 25,1%, a margem Ebitda, que totalizou 7,0%, e o lucro líquido continuado de R$ 5 milhões — que contrasta com o prejuízo de R$ 229 milhões no mesmo período do ano passado. “Frente a um maior patamar de caixa no período e ao reconhecimento de R$ 221m referentes à atualização monetária, o nível de receitas financeiras foi capaz de amenizar o impacto das despesas financeiras do trimestre.”
Desalavancagem em destaque
Para os analistas do BTG Pactual (mesmo grupo controlador da EXAME), os resultados do GPA mostraram uma tendência de melhorias em suas operações brasileiras, “enquanto o processo de desalavancagem continua em destaque”. O banco ainda destaca os valores que a companhia já conseguiu levantar neste ano, sendo:
- R$330 milhões em um acordo de sale and leaseback envolvendo 11 lojas;
- R$247 milhões com a venda de terrenos na Barra da Tijuca;
- R$52 milhões com a venda de outros ativos.
“No entanto, apesar do processo de desalavancagem (gradual), vemos menos espaço para a empresa expandir sua área de vendas e margens no Brasil (ainda abaixo dos níveis históricos), tornando-a uma opção mais arriscada do que outros varejistas de alimento em nosso universo de cobertura.”