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Netflix ganha 5,3 milhões de novos usuários e ações batem recorde

No mundo todo, 115,6 milhões de pessoas assinam o serviço de streaming; analistas acreditam que ciclo positivo não deve ser interrompido tão cedo

Stranger Things: para o JP Morgan, estreia de novas temporadas devem impulsionar o aumento de usuários do serviço de streaming (Netflix/Divulgação)

Stranger Things: para o JP Morgan, estreia de novas temporadas devem impulsionar o aumento de usuários do serviço de streaming (Netflix/Divulgação)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 17 de outubro de 2017 às 15h54.

Última atualização em 17 de outubro de 2017 às 16h30.

São Paulo -- De julho a setembro deste ano, a Netflix acrescentou 5,3 milhões de assinantes à sua base de clientes global. Com isso, o número de usuários do serviço de streaming chegou a 115,6 milhões.

O número ficou bem acima do que era esperado pelo mercado. A expectativa, segundo o FactSet, era que, no terceiro trimestre do ano, 4,5 milhões de pessoas passassem a utilizar o serviço.

Com a boa surpresa, as ações começaram o dia cotadas a 205,78 dólares -- um valor jamais atingido. Durante o dia, a tendência de alta foi revertida e às 15h, os papéis eram negociados por volta de 199 dólares.

Apesar das perdas durante a tarde, muitos analistas reforçaram aos seus clientes a tendência de alta dos papéis.

A equipe do J.P. Morgan, por exemplo, aumentou o preço-alvo da ação de 210 para 250 dólares e chamou a atenção para o ciclo virtuoso vivido pela Netflix. Segundo eles, a boa onda não deve ser interrompida tão cedo.

"Acreditamos que a tabela de conteúdo prevista para o quarto trimestre é forte,  liderada pelas segundas temporadas da Stranger Things e The Crown, pela série Mindhunter e pelo filme original Bright", escreveu o analista Doug Anmuth.

Para o último trimestre do ano, a Netflix prevê 6,3 milhões de novos assinantes -- abaixo da estimativa média do mercado, de 6,25 milhões.

A dúvida entre aqueles que acompanham a empresa é se esse número será alcançado ou se o recente aumento no valor das mensalidades terá algum efeito negativo na caça de novos usuários.

O tema é sensível porque a empresa deve continuar a aumentar os preços no futuro para financiar seus investimentos em programas. Para 2018, a empresa planeja gastar entre 7 e 8 bilhões de dólares apenas em conteúdo próprio.

"Nosso futuro está, em grande parte, em conteúdo original exclusivo, que impulsiona tanto a excitação em torno da Netflix quanto a enorme satisfação de visualização para a nossa adesão global e sua grande variedade de gostos”, disse a Netflix, em release divulgado em conjunto com seus resultados.

“Assim, estamos progredindo ainda mais na cadeia de valor para trabalhar diretamente com criadores de conteúdo talentosos”, afirma a empresa, lembrando que fechou um acordo com Shonda Rhimes, criadora das séries Scandal e Grey’s Anatomy, e que adquiriu a Millarworld.

“Nosso objetivo é trabalhar com os melhores criadores do mundo e possuir a propriedade intelectual para que possamos continuar a oferecer conteúdo incrível aos nossos assinantes.”

Com Estadão Conteúdo.

 

 

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