Na estrada de resultados fortes, JSL (JSLG3) vê lucro líquido saltar 81% em 2023

Cerca de três anos depois do IPO, a JSL contabiliza um crescimento médio anual de 36%

Ramon Alcaraz, presidente da JSL: “Continuaremos a apostar na nossa gestão de custo, pois ela permitiu que construíssemos um caminho para pegar um céu mais aberto em 2024.” (JSL/Divulgação)
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 19 de março de 2024 às 20h06.

Última atualização em 20 de março de 2024 às 14h11.

A aposta da JSL (JSLG3) de combinar crescimento orgânico com o inorgânico tem resultado em números consistentes a cada trimestre. Nos últimos três meses do ano passado, a companhia apurou um lucro líquido de R$ 72,9 milhões, um crescimento trimestral de 55%, que apesar do recuo de 25,3% frente aos R$ 110,0 milhões do 4T22 não implicou negativamente para o saldo dos meses acumulados. A companhia fechou 2023 com lucro líquido de R$ 351,7 milhões, disparando 81% na comparação com o ano anterior.

E se os números contabilizados no último ano foram comemorados, a expectativa para para os próximos meses é ainda melhor: “ 2024 é o ano em que entramos com mais otimismo ”, diz Ramon Alcaraz, presidente da JSL, em entrevista à EXAME Invest.

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Entre os indicadores financeiros apresentados, a companhia ainda reportou um crescimento de 8,3% na sua receita bruta frente ao trimestre imediatamente anterior, e avanço de 29,8%, na comparação anual. No acumulado dos 12 meses de 2023, o indicador alcançou um montante de R$ 8,9 bilhões. Já o lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização ( Ebitda ) ajustado cresceu 29% no 4T23, e 35% no ano.

Segundo Alcaraz, a estratégia para que números robustos fossem contabilizados no último trimestre e ao longo de 2023 é bastante simples: estar presente em diferentes frentes. Isso porque, quando diversos segmentos econômicos apresentam uma boa performance, esses números refletem na sua demanda. “ É um hedge natural na cadeia logística, quando um segmento econômico vai bem, acaba puxando o nosso. No último trimestre e ao longo do último ano, a JSL teve bons volumes vindos de cargas de papel e celulose, mineração, alimentício, e-commerce e até automotivo.”

Outra forma de garantir bons resultados é com as aquisições e fusões ( M&A ) de companhias. No ano passado, a IC Transportes e a FSJ Logística entraram no portfólio da companhia. Inclusive, o último trimestre de 2023 foi o primeiro que contou com os resultados integrais das duas empresas. “A IC puxou um pouco da receita para baixo, mas ela tem grande potencial de rentabilidade para o custo de capital e da margem consolidada”, diz Guilherme Sampaio, CFO da JSL.

Crescimento médio anual da JSL (JSLG3) é de 36% desde IPO

Em balanço divulgado depois do fechamento do mercado, nesta terça-feira, 19, a margem Ebitda da JSL ficou em 20,1%, alta de 0,7 p.p. no comparativo anual. No acumulado dos 12 meses do ano passado, o indicador atingiu 23,7%. Mas se os números do 4T23 foram bons, as expectativas para o que 2024 tem para entregar, na avaliação dos executivos, é melhor ainda.

“Desde o IPO da JSL, pegamos anos de ‘pedreira’ na economia e fizemos o nosso trabalho com muito esforço e dedicação”, diz Alcaraz. E, realmente, não foi um período fácil para o Brasil — e para o mundo. De 2020 para cá, as economias foram abaladas com a pandemia da Covid-19 e todo o rescaldo que ela deixou. Crescer sob esse cenário foi um desafio, mas a JSL soube lidar com essa situação. Em pouco mais de três anos listada na bolsa, a companhia apurou um crescimento médio anual de 36%.

Para 2024, o cenário é de queda de juros, já iniciado por aqui e para começar nos Estados Unidos, o que deve garantir mais números positivos para a companhia. “Nosso modelo de negócios permite continuar esse ritmo de crescimento, fazendo aquisições e com um bom potencial de desalavancagem com os juros baixando. Isso cria uma ‘bola de neve’ positiva, como um adicional ao trabalho feito que temos feito e vamos continuar fazendo”, diz Sampaio.

O presidente da JSL, Ramon Alcaraz, está na mesma estrada de otimismo, e destaca que a companhia entrou neste ano com contratos renegociados e sem margens no vermelho. “Continuaremos a apostar na nossa gestão de custo, pois ela permitiu que construíssemos um caminho para pegar um céu mais aberto em 2024.”

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