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Movimentos de Trump e repercussão do balanço da Netflix: o que move o mercado

Em dia de agenda econômica mais esvaziada, o foco também está no Fórum de Davos

Radar: balanço da Netflix contrata otimismo para abertura das bolsas americanas (Imagem gerada com auxílio de Inteligência Artificial)
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 22 de janeiro de 2025 às 07h44.

A sessão desta quarta-feira, 22, é marcada por mais um dia de agenda esvaziada de indicadores. O foco continua sendo os primeiros dias do segundo mandato de Donald Trump, assim como o Fórum de Davos. Hoje, Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) discursa às 12h05.

Netflix

O ano de 2024 foi excepcional para a Netflix (NFLX), como evidenciado pelos resultados financeiros do quarto trimestre, divulgados nesta terça-feira, 21. A empresa alcançou um lucro líquido de US$ 1,87 bilhão no período.

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A plataforma de streaming também registrou um marco histórico, atingindo 301,6 milhões de assinantes globais. Isso representa um aumento de 18,9 milhões em relação ao trimestre anterior, equivalente a um crescimento de 15,9%.

O desempenho superou amplamente as expectativas do mercado, com um aumento quase duas vezes maior do que o projetado pelos analistas.

Com isso, as ações no pós-mercado de Nova York saltaram 14,30%, para US$ 994, o que contrata otimismo para a abertura das bolsas por lá.

Hoje, Johnson & Johnson (JNJ) divulga seus números no pré mercado.

Movimentos de Trump

O mercado ainda monitora os movimentos do republicano. Ontem, a ideia de que Trump pegaria leve com as tarifas à China ajudaram os mercados globais a se manter no azul.

Na noite de terça-feira, 21, ele mencionou a possibilidade de implementar uma sobretaxa de 10% sobre produtos chineses, possivelmente a partir de 1º de fevereiro. Essa data coincide com o prazo para tarifas direcionadas ao México e ao Canadá.

A alíquota de 10% é uma surpresa positiva, já que fica bem abaixo dos 60% que Trump chegou a sugerir durante sua campanha eleitoral.

Embora Trump tenha apresentado os 10% como uma ideia ou possibilidade, sem formalizar a decisão, o anúncio feito na Casa Branca no início da noite foi suficiente para animar os mercados. O movimento é visto como um gesto significativo, que sugere uma postura menos combativa no campo comercial.

A sinalização reforça a percepção de que Trump não pretende intensificar as tensões comerciais. Sua postura mais moderada, especialmente após a recente interação cordial com o presidente chinês Xi Jinping, gera expectativas de um relacionamento mais produtivo entre os Estados Unidos e a China.

Também animou os mercados o anúncio que Trump investirá cerca de US$ 500 bilhões em infraestrutura nos EUA, apoiando a construção de data centers de inteligência artificial (IA).A notícia impulsionou ações de tecnologia e ajudou na alta dos índices de Nova York.

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