Meta em disparada, payroll e fim de uma era na China: 3 assuntos que movem o mercado
Ações da dona do Facebook sobem 17% no pré-mercado, após anunciar primeira distribuição de dividendos da história
Repórter
Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 08h44.
Última atualização em 2 de fevereiro de 2024 às 13h27.
Os índices futuros de Nova York iniciaram esta sexta-feira, 2, em alta embalados pelos balanços de grandes empresas de tecnologia divulgados na última noite.
Meta em disparada
Apple e Amazon apresentaram lucros e receitas maiores que o esperado. Mas o principal destaque, de longe, foi o resultado da Meta, que conseguiu triplicar o lucro no quarto trimestre para US$ 13,14 bilhões e superar o consenso de mercado. A receita cresceu 25% na comparação anual para a US$ 32,2 bilhões, e a empresa ainda conseguiu reduzir as despesas.
O fundador e CEO da companhia, Mark Zuckerberg, atribuiu o o resultado aos avanços em inteligência artificial e metaverso. Como resultado, a empresa anunciou sua primeira distribuição de dividendos da história, de US$ 0,50 pot ação. Na Nasdaq, as ações da companhia disparam 17% no pré-mercado.
Payroll: mercado espera por alta do desemprego
Apesar do ambiente positivo, economistas aguardam pela divulgação dos dados oficiais do mercado de trabalho americano, previstos para esta manhã. A expectativa para o payroll é de que tenham sido criados 187.000 empregos urbanos no mês de janeiro. O consenso é de uma alta da taxa de desemprego de 3,7% para 3,8%, com manutenção de uma alta do salário médio de 4,1% no acumulado de 12 meses.
Os dados serão divulgados em meio à espera pelo início do ciclo de queda de juros nos Estados Unidos. Na última decisão, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afastou a possibilidade de os juros começarem a cair na próxima decisão, em março. Mas números piores que o esperado para o mercado de trabalho podem reacender as apostas por cortes no mês que vem.
Fim de uma era na China?
O Fundo Monetário Internacional (FMI) estimou em relatório recente que a demanda por novas casas na China deverá cair 50% durante a próxima década. O alerta levanta questionamentos sobre qual será o nível de demanda do setor por recursos como minério de ferro, dado que a estratégia de crescimento do país vinha sendo ancorada por projetos de infraestrutura e pelo mercado imobiliário. A estimativa do FMI ocorre em meio à crise de dívida do setor e ao enfraquecimento da economia local.
Confira as últimas notícias de Invest:
- Por que Luís Stuhlberger, da Verde, reduziu pela metade sua alocação em ações
- Powell contra Donald Trump? Segundo a Gavekal, há motivos para acreditar
- "Cenário é positivo para mercado de ações e é só o início", diz Padovani, economista-chefe do BV
- O pesadelo que tem tirado o sono de um dos maiores gestores do mercado brasileiro
- Na contramão do mercado: por que o UBS prefere China a Estados Unidos