Mais energia que Itaipu: o pedido da Petrobras ao Ibama para instalar geradores eólicos no mar
Pedido visa avaliar a viabilidade técnicoeconômica e ambiental; áreas estudadas teriam potencial de gerar 37,5 gigawatts;
Redação Exame
Publicado em 15 de setembro de 2023 às 10h19.
Última atualização em 15 de setembro de 2023 às 10h21.
A Petrobras entrou com o pedido de início do processo de licenciamento ambiental no Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) para a instalação de geradores eólicos em dez áreas do mar brasileiro. Os detalhes do pedido foram divulgados nesta sexta-feira, 15.
Oobjetivo do pedido é "avaliar a viabilidade técnicoeconômica e ambiental" das árease, segundo a companhia,não consiste em um compromisso de investimento nem garante o direito sobre as áreas. Isso, afirmou a Petrobras, " deve acontecer somente após processo a ser conduzido conforme a regulação em discussão no âmbito do Congresso Nacional".
"Após a obtenção de outorga sobre as áreas, será avaliado o desenvolvimento de projetos que serão submetidos às instâncias competentes da companhia", informou a companhia.
Mais energia que Itaipu
A Petrobras informou nesta semana que as regiões estudadas teriam potencial de gerar 37,5 gigawatts . O potencial de geração de energia da usina de Itaipu é de 14 gigawatts. No comunicado de hoje, a estatal disse queas medições de potencial eólico. Para isso, será utilizado dispositivos instalados em suas plataformas fixas e a tecnologia Bravo (Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore), em desenvolvimento com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis.
Parceria com a Weg
O avanço dos planos de gerar energia com os ventos oceânicos ocorre após a Petrobras anunciar um aporte de R$ 130 milhões na Weg. O dinheiro será utilizando para financiar o desenvolvimento do mais potente gerador eólico terrestre do Brasil, de 7megawatts (MW).
O gerador deverá ter produção em série a partir de 2025. O acordo prevê contrapartidas técnicas e comerciais para a Petrobras que não foram reveladas.
A parceria também prevê a colaboração na avaliação da cadeia de suprimentos e logística para a geração de energia eólica fora das áreas terrestres.