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Maiores altas de novembro: esta ação subiu mais de 50% no Ibovespa durante o mês. Por quê?

O que também teve alta foi o índice Bovespa, que avançou 12,54% no período

Painel da B3: ações da Magazine Luiza lideram as maiores altas de novembro (Germano Lüders/Exame)

Painel da B3: ações da Magazine Luiza lideram as maiores altas de novembro (Germano Lüders/Exame)

Janize Colaço
Janize Colaço

Repórter de Invest

Publicado em 1 de dezembro de 2023 às 10h16.

Depois de ficarem na lanterna em outubro, as ações da Magazine Luiza (MRFG3) foram as que mais subiram nos últimos 30 dias no Ibovespa. Em novembro, os papéis da varejista ganharam fôlego e subiram 51,88%. O que também teve alta foi o índice Bovespa, que avançou 12,54% no período. 

MGLU3 lidera altas de novembro

Como apontam os especialistas ouvidos pela EXAME Invest, durante os últimos meses, a Magalu acabou sendo pressionada pelo desempenho da Casas Bahia, que tem passado por maus momentos nos últimos meses. “E esse risco acabou respingando na Magazine Luiza, mas ela é uma empresa que tem um modelo de negócios um pouco diferente, que pode atravessar esse ciclo melhor, e ela pode não ser tão impactada quanto a Casas Bahia”, afirma Leonardo Piovesan, analista da Quantzed.

O especialista destaca ainda que com uma melhora do cenário macroeconômico, e com os juros efetivamente sendo cortados, tem favorecido o varejo interno — fato que gerou certo “alívio” para os ativos MGLU3. Mas para além do macro, outro fator que fez a varejista ser a maior alta do Ibovespa no último mês foram os seus próprios resultados do terceiro trimestre deste ano.

Pois ainda que a companhia tenha apresentado uma performance mais consistente do que a sua rival BHIA3, até o balanço do 3T23, a Magazine Luiza também não havia recuperado a confiança do mercado com os seus números. “Temos visto muitas empresas desse setor trazendo balanço após os balanço com números fracos e cada vez mais preocupantes, como é o caso Casas Bahia. Mas a Magalu fez diferente nesse último trimestre e, com isso,  houve um movimento de compra forte em cima de um ativo que tinha um nível alto de investidor na posição de ‘vendido’, o que criou o que chamamos de short squeeze”, explica Rafael Schmidt, sócio da One Investimentos.

Commodities em alta (do bovino ao minério)

Outro setor que brilhou na bolsa brasileira no último mês de novembro foi o de commodities, mas de uma maneira ampla: tanto das exportadoras de carne bovina quanto de mineradoras. No primeiro caso, quem se destacou foi a Marfrig (MRFG3), que subiu 50,46% também por conta de resultados acima do esperado no último trimestre.

“Isso animou bastante o mercado, pois houve um crescimento de Ebitda e maior geração de caixa por parte da empresa. Antes, já no final de agosto, a MRFG3 tinha anunciado aquela venda de plantas para a Minerva, o que gerou uma entrada de caixa de R$ 7,5 bilhões para a empresa. Isso já tinha agradado o mercado e o resultado surpreendente agradou mais ainda. Além disso, houve uma queda no preço do gado negociado lá fora, o que tem ajudado empresas de frigorífico em geral também, como a BRF (BRFS3) que também ficou entre as maiores altas do mês”, explica o sócio da One Investimentos.

Outra empresa de commodity cujas ações ficaram entre as maiores altas do Ibovespa de novembro foi a CSN (CSNA3), com alta de 46,31%. No caso dela, um fato que favoreceu o bom desempenho foi a sua participação em outra companhia, a CMIN (CMIN3), que também entrou no ranking, com avanço de 43,23%. “A CSNA3 se beneficia dessa alta da CMIN3. Considero isso como o principal fator de alta para o papel, mas outra questão que colabora para a alta é o minério de ferro subindo, que fez a CMIN3 subir e está fazendo a CSNA3 subir também”, explica Piovesan.

As maiores altas do Ibovespa do mês

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