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Lucro do BV sobe 27,7% e banco mira retomada de patamar recorde

Retorno sobre patrimônio líquido alcança 11,1% – a meta é superar a marca máxima dos 14,5%

Banco BV: antigo Banco Votorantim, empresa mudou de marca no ano passado (Banco BV/Divulgação)

Banco BV: antigo Banco Votorantim, empresa mudou de marca no ano passado (Banco BV/Divulgação)

Beatriz Quesada
Beatriz Quesada

Repórter de Invest

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 18h56.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 19h32.

O banco BV registrou um lucro líquido de R$ 363 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 27,7% na comparação anual. O retorno sobre patrimônio líquido (ROE), que indica a capacidade do banco de rentabilizar seu capital, foi de 11,1% no trimestre – um ganho de 2,1 pontos percentuais (p.p.) em base anual.

Para o CEO Gabriel Ferreira, o resultado apresentado nesta terça-feira, 6, é mais um passo do antigo Banco Votorantim na direção de seu objetivo: superar seu melhor resultado histórico, alcançado há três anos. 

No quarto trimestre de 2021, o ROE do BV alcançou 14,5%. De lá para cá, o banco enfrentou um ciclo difícil para a concessão de crédito que desestabilizou todo o setor bancário. Simultaneamente, o BV implementou uma estratégia de diversificação e investimentos que consumiu recursos. A expectativa, agora, é colher os frutos. 

“Desde o quarto trimestre de 2023 temos apresentado crescimento contínuo. Estamos no meio do caminho para entregar um resultado similar – ou até superior – ao ROE recorde de 14,5%”, afirmou Gabriel Ferreira, CEO do banco BV, em entrevista à EXAME Invest.

O resultado na última linha do balanço foi reflexo, segundo o CEO, de uma alta nas receitas, enquanto despesas e investimentos ficaram sob controle. As receitas totais do BV alcançaram R$ 2,9 bilhões, alta de 11% na comparação anual.

O banco, que se define como uma casa de crédito moderna, tem R$ 88 bilhões na carteira de crédito – alta de 3,8% em base anual –, com quase metade do portfólio voltada para seu carro-chefe: o financiamento de veículos. A carteira de financiamento a veículos leves usados acelerou 13,4%, para R$ 44,1 bilhões. Já os empréstimos para aquisição de motos, pesados e novos veículos subiram 24,6% e atingiram R$ 5 bilhões em carteira. Os empréstimos com garantia de veículos (EGV) cresceram 31,2%, somando R$ 3,6 bilhões. 

No atacado, o destaque ficou com a carteira de pequenas e médias empresas (PMEs): os empréstimos para o setor foram de R$ 2,4 bilhões no trimestre, crescimento de 36,5% em 12 meses e um recorde para o segmento. 

O BV não fornece projeções para o restante do ano, mas segue confiante de que irá se manter em trajetória de crescimento. Para o CEO, uma possível alta de juros no segundo semestre ainda não deve ser o suficiente para impactar as projeções atuais. “No momento não vemos razão para mudança de cenário que, majoritariamente, ainda é benigno.”

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