Redatora na Exame
Publicado em 6 de março de 2025 às 07h49.
A agenda econômica desta quinta-feira, 6, no Brasil traz dados de inflação e mercado de trabalho. Logo cedo, a Fipe divulgou o índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro, que teve alta de 0,51% no mês, ante um crescimento de 0,24% em janeiro.
Em fevereiro, cinco dos sete componentes do índice perderam força: Alimentação (de 0,67% em janeiro a 0,43% em fevereiro), Despesas Pessoais (de 0,35% a 0,20%), Saúde (de 0,81% a 0,20%), Vestuário (de 0,49% a 0,04%) e Educação (de 4,54% a -0,06). Houve aceleração em duas categorias: Habitação (de -1,14% em janeiro a 0,39% em fevereiro) e Transportes (de 1,10% a 1,66%),
Às 8h, a FGV apresenta o IPC-S e o Indicador Antecedente de Emprego. No início da tarde, às 12h30, o Banco Central publica o fluxo cambial semanal.
Na Europa, o destaque é a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), marcada para 10h15. A expectativa é que a taxa de juros caia de 2,75% para 2,50%. Logo depois, às 10h45, a presidente do BCE, Christine Lagarde, participa de uma coletiva de imprensa. O mercado aguarda sinais sobre possíveis cortes de juros ao longo do ano.
Nos Estados Unidos, os investidores monitoram os pedidos de auxílio desemprego, divulgados pelo Departamento do Trabalho às 10h30. No mesmo horário, o Departamento do Comércio publica a balança comercial de janeiro, que pode indicar tendências no comércio exterior americano.
Os mercados asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira, 6, impulsionados pelo desempenho positivo de Wall Street e pela decisão dos EUA de adiar por um mês as tarifas sobre montadoras.
No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,77%, enquanto o Topix avançou 1,22%. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,7%, apesar da inflação de fevereiro (2%) ter superado as estimativas do mercado (1,95%).
Já na China, os índices foram impulsionados pelo anúncio de que o governo planeja aumentar o déficit fiscal para cerca de 4% do PIB. O Hang Seng teve alta de 3,29% e o CSI 300 subiu 1,38%. Em contrapartida, o S&P/ASX 200, da Austrália, recuou 0,57%.
Na Europa, o índice Stoxx 600 operava em queda de 0,28% às 9h30 (horário de Londres). No entanto, o DAX, da Alemanha, avançava 0,5%, após ter registrado na véspera a sua melhor sessão desde novembro de 2022, com alta de 3,4%.
Nos Estados Unidos, os futuros de Wall Street operam próximos da estabilidade. Os contratos atrelados ao S&P 500 e ao Dow Jones registravam pouca variação, enquanto os futuros do Nasdaq 100 recuavam 0,1%. O mercado segue monitorando possíveis concessões do governo dos EUA em relação às tarifas sobre montadoras.
Na quarta-feira, as bolsas americanas se recuperaram após dois dias consecutivos de perdas. O Dow Jones subiu 1,14%, enquanto o S&P 500 avançou 1,12% e o Nasdaq Composite ganhou 1,46%. Apesar da alta, os três índices ainda acumulam queda superior a 1% na semana.