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Inflação dos EUA, palestra de Galípolo e balanço da Heineken: o que move o mercado

Após o fechamento do mercado nesta quarta-feira, 12, Suzano e Totvs divulgarão seus resultados do quarto trimestre de 2024

Carolina Ingizza
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 12 de fevereiro de 2025 às 07h31.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2025 às 11h37.

Nesta quarta-feira, 12, nos Estados Unidos, às 10h30, as atenções se voltam para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro. Analistas americanos estimam uma alta de 0,3% na comparação mensal, com 2,9% de inflação acumulada nos últimos 12 meses.

Os índices futuros de ações abriram em leve baixa à espera da divulgação do índice de preços ao consumidor. Os contratos futuros do S&P 500 recuaram 0,1%, enquanto os do Nasdaq 100 caíram 0,08%. Já o Dow Jones registrou uma perda mais modesta, com queda de 34 pontos.

O movimento era esperado após Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), o banco central americano, dizer ao Senado na última terça-feira, 11, que não está com pressa para cortar as taxas de juros. “Com nossa política agora significativamente menos restritiva do que ela tinha sido e a economia se mantendo forte, não precisamos ter pressa para ajustar a abordagem”, afirmou Powell.

Nesta quarta, Powell irá participar ao meio-dia de uma audiência na Câmara dos Estados Unidos. A expectativa é que o presidente do Fed não destoe muito do tom adotado no seu discurso no Senado.

Já no Brasil, os investidores devem acompanhar, às 10h, a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças. O evento, feito em parceria com o Cebri e o CDPP, é intitulado "Política Monetária Brasileira" e será transmitido ao vivo pelo YouTube.

Um pouco antes, às 8h, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva dará uma entrevista para a Rádio Diário FM, de Macapá.

Temporada de balanços

Na manhã desta quarta-feira, 12, as ações da cervejaria holandesa Heineken dispararam 12%, após a empresa divulgar que teve um crescimento no lucro operacional de 8,3% no quarto trimestre de 2024.

O resultado superou as estimativas dos analistas, que projetavam crescimento de 5,3%, e da própria empresa, que previa alta de até 8%.

Os investidores também reagiram positivamente ao anúncio de um programa de compra de ações de € 1,5 bilhão (cerca de R$ 9 bilhões) para os próximos dois anos.

Para 2025, a Heineken projeta um novo crescimento do lucro operacional entre 4% e 8%. O CEO informou que a companhia considerou nas suas projeções as novas tarifas anunciadas pelo presidente americano Donald Trump -- o mercado americano representa menos de 5% da receita global da Heineken.

Trump anunciou que iria impor taxas de 25% sobre produtos vindos do México, onde a Heineken fabrica algumas cervejas para o mercado americano, e que iria aplicar tarifas de 25% sobre todo o aço e alumínio importados. Um porta-voz disse que a Heineken importa as latas prontas para os EUA, então não seria diretamente afetada pelas tarifas sobre o alumínio bruto.

No Brasil, Suzano e Totvs irão divulgar seus resultados após o fechamento do mercado.

Ásia, Pacífico e Europa

Os mercados da Ásia e do Pacífico fecharam o dia em alta, enquanto os investidores analisam o impacto das novas tarifas anunciadas por Trump sobre as economias da região.

No Japão, o índice Nikkei 225 subiu 0,42%, enquanto o Topix encerrou o dia estável. Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,37% e o índice de pequenas empresas Kosdaq recuou 0,59%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 2,41% na última hora de negociação. Na China, o CSI 300 subiu 0,95% e fechou em 3.919,86 pontos. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 encerrou o dia com alta de 0,6%.

Na Europa, os mercados abriram em alta enquanto investidores aguardam a divulgação do índice de preços americano. O índice Stoxx 600 registrou alta de 0,13% às 9h25, no horário de Londres.

As ações do setor de alimentos e bebidas estavam com alta de 1,44%, enquanto os papéis de empresas do setor de petróleo e gás caíam 0,83%.

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