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Ibovespa bate 76 mil pontos pela 1º vez com maior apetite a risco

Às 11:32, o índice da bolsa brasileira subia 0,73 por cento, a 76.306 pontos. O giro financeiro era de 5 bilhões de reais

Ibovespa: apesar do tom positivo da sessão, operadores não descartam a possibilidade de algum movimento de ajuste após as novas máximas recordes (Germano Lüders/Exame)

Ibovespa: apesar do tom positivo da sessão, operadores não descartam a possibilidade de algum movimento de ajuste após as novas máximas recordes (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 18 de setembro de 2017 às 12h05.

São Paulo - O principal índice da bolsa paulista operava no azul nesta segunda-feira, atingindo novas máximas intradia e chegando aos 76 mil pontos, com o cenário externo favorável a ativos de risco dando impulso ao tom positivo diante do alívio de investidores com o quadro político interno.

A primeira parte do pregão é marcada ainda por vencimento de opções sobre ações, o que pode favorecer alguma volatilidade.

Às 11:32, o Ibovespa subia 0,73 por cento, a 76.306 pontos. O giro financeiro era de 5 bilhões de reais.

Localmente, embora ainda exista cautela com o cenário político, a visão de que o governo do presidente Michel Temer ganhou fôlego para seguir com sua agenda de reformas tem se sobreposto às preocupações diante da nova denúncia contra Temer apresentada na semana passada pelo ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Neste pregão, o tom positivo ganhava respaldo ainda do exterior, com a redução das tensões geopolíticas que aumentavam o apetite por risco de investidores e impulsionavam o mercado acionário norte-americano, levando os índices Dow Jones e S&P 500 a novas máximas intradia.

No entanto, apesar do tom positivo da sessão, operadores não descartam a possibilidade de algum movimento de ajuste após as novas máximas recordes, em um dia de agenda econômica mais esvaziada, à espera de eventos importantes na semana, como a decisão de política monetária do banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira.

Destaques

- JBS ON caía 3,16 por cento, após o conselho de administração da maior processadora de carne do mundo escolher José Batista Sobrinho como presidente-executivo, no lugar do seu filho Wesley, que está preso por insider trading. A decisão, segundo analistas do BTG Pactual, reitera a posição de controle da família e atrasa a aguardada transição para uma gestão profissional.

- Petrobras PN subia 0,66 por cento e Petrobras ON tinha alta de 1,03 por cento, apesar da queda nos preços do petróleo no mercado internacional. O noticiário da empresa também segue no radar, após a petroleira anunciar plano de emissão de 2 bilhões de dólares em títulos no exterior e troca de dívida.

- Vale ON subia 1,21 por cento, em dia de alta para os contratos do minério de ferro na China. Além disso, analistas do Credit Suisse afirmaram que receberam bem a estratégia atualizada da empresa, de voltar as atenções para redução da alavancagem, dos custos e de capex, além de pagamento adicional de dividendo e adiamento de fusões e aquisições, até que um balanço mais saudável seja atingido.

- Itaú Unibanco PN tinha alta de 0,66 por cento e Bradesco PN ganhava 1,11 por cento, ajudando a manter o tom positivo do índice, devido ao peso dessas ações em sua composição.

- Eletrobras ON subia 3,48 por cento e Eletrobras PNB tinha alta de 4,22 por cento, ainda reagindo à expectativa pela privatização da elétrica, o que se sobrepunha à informação de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu não conceder o efeito suspensivo e manteve a devolução de quase 3 bilhões de reais pela estatal à Conta de Consumo de Combustíveis (CCC).

 

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