Fed: BC americano corta juros em 0,25 p.p. ((Photo by Mandel NGAN / AFP)/AFP)
Repórter de finanças
Publicado em 18 de dezembro de 2024 às 16h04.
Última atualização em 18 de dezembro de 2024 às 16h59.
Pela terceira vez seguida, o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) cortou a taxa básica de juros da economia americana. Assim como o esperado pelo mercado, o corte foi na mesma magnitude do anterior, em 0,25 ponto percentual (p.p.), levando os fed funds para a faixa de 4,25% a 4,50%. Entretanto, a decisão não foi unânime e houve um voto para manutenção da taxa.
O corte em menor proporção não foi uma surpresa. Era quase um consenso que a economia americana mais resiliente e um mercado de trabalho desacelerando de forma mais lenta do que o previsto levariam o Fed a ter mais cautela -- o que foi confirmado no comunicado.
Segundo a autoridade monetária, indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido e a taxa de desemprego ainda permanece baixa. "A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um pouco elevada."
O Fed afirma que os riscos para atingir seus objetivos de emprego e inflação estão "equilibrados", mas diz que a perspectiva econômica é incerta.
"Seguindo o protocolo, o Fed não ofereceu pistas sobre o que pode vir pela frente ao repetir que o Fomc estará preparado para os eventuais ajustes que se façam necessários e que as decisões vão levar em consideração um amplo conjunto de dados", Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad.
No entanto, o resumo das projeções econômicas indica que os membros do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) esperam mais dois cortes de 0,25 ponto percentual ao longo do ano que vem levando a taxa básica de juros para o intervalo entre 3,75% e 4% ao final de 2025.
A expectativa é que o ciclo de afrouxamento seja prolongado até 2027 com a taxa terminal no intervalo entre 3% e 3,25%.
Em discurso, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que a inflação mais uma vez teve desempenho pior que o esperado. "Nós realmente queremos ver progresso", afirmou. De acordo com o executivo, a inflação em setembro e outubro mais altas foi um “grande fator” e talvez o maior por trás do ajuste nas revisões de inflação divulgadas hoje.
*Matéria em atualização