Sede do Federal Reserve (Fed) em Washington (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de julho de 2022 às 15h03.
Última atualização em 27 de julho de 2022 às 17h28.
O Federal Reserve (Fed, banco central americano) comunicou nesta quarta-feira, 27, a decisão de elevar a taxa de juros americana em 0,75 ponto percentual (p.p.) para o intervalo de 2,25% e 2,50%. A alta é a quarta elevação desde março e a segunda consecutiva em que o Fed sobe a taxa em 0,75 p.p..
A decisão foi unânime e em linha com o que era esperado pelo mercado.
O ajuste tem como principal objetivo controlar a crescente inflação dos Estados Unidos, ainda que ao custo de desacelerar a maior economia do mundo. A inflação ao consumidor americano chegou a 9,1% em junho, o maior patamar desde o início da década de 1980.
O número, que saiu acima do consenso do mercado no início do mês, chegou a impulsionar apostas de que o Fed teria que subir ainda mais o juro nesta reunião, em 1 ponto percentual.
O que ocorreu foi justamente o contrário. Após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou em discurso que o BC americano pode reduzir o ritmo de aperto monetário.
Powell reiterou que o Fed só irá interromper altas de juros quando tiverem evidências fortes de que inflação está diminuindo e entrando em tendência de queda. Por outro lado, o presidente deixou a porta aberta para uma elevação mais branda na próxima reunião, de setembro.
“À medida que a política monetária se apertar ainda mais, provavelmente será apropriado desacelerar o ritmo dos aumentos [de juros] enquanto avaliamos como nossos ajustes estão afetando a economia e a inflação”, disse ele em coletiva após a decisão.