Conglomerado é dono da CBS, Nickelodeon e Comedy Central (PATRICK T. FALLON/Getty Images)
Repórter colaborador
Publicado em 27 de agosto de 2024 às 07h11.
Última atualização em 27 de agosto de 2024 às 09h29.
O ex-CEO da Warner Music, Edgar Bronfman Jr., desistiu nesta segunda-feira de comprar os estúdios Paramount, abrindo caminho para a Skydance Media assumir o controle do império de mídia, encerrando um dos processos de aquisição mais caóticos da história recente.
Em um comunicado, Bronfman disse que seu grupo informou o comitê especial da Paramount sobre sua decisão de desistir do processo.
"Continuamos a acreditar que a Paramount Global é uma empresa extraordinária, com uma coleção inigualável de marcas, ativos e pessoas de destaque", disse Bronfman. "Embora possa ter havido diferenças, acreditamos que todos os envolvidos no processo de venda estão unidos na crença de que os melhores dias da Paramount estão por vir."
O comitê especial do conselho da Paramount declarou que havia concluído o período de "go-shop", no qual contatou mais de 50 partes para avaliar seu interesse em adquirir a empresa de mídia. A compania espera que o acordo com a Skydance seja fechado no primeiro semestre de 2025, aguardando aprovação regulatória.
Bronfman não conseguiu chegar ao pacote de financiamento de capital que era necessário para sua oferta. Alguns de seus principais parceiros de investimento no acordo desistiram na última hora, acabando com qualquer esperança que ele tinha de montar um desafio sério à oferta da Skydance, segundo a CNBC.
Na semana passada, um grupo de investidores liderado por Bronfman propôs assumir o controle da Paramount por meio de uma oferta de US$ 6 bilhões, na qual compraria o acionista controlador da empresa, a National Amusements.
Essa oferta para a Paramount - lar de seu estúdio de cinema homônimo, da rede de transmissão CBS e redes a cabo como Nickelodeon e Comedy Central - ameaçou inviabilizar um acordo de US$ 8,4 bilhões fechado pela Paramount e Skydance em julho.
A proposta de Bronfman contou com a participação de indivíduos de alto patrimônio, alguns dos quais ficaram desconcertados ao ver seus nomes aparecerem em notícias sobre a oferta, disseram duas pessoas com conhecimento do processo à CNBC.