Essa ação vale ouro: Após alta de 160% em 12 meses, analistas veem espaço para mais

Tanto BTG Pactual quanto Itaú BBA elevaram seu preço-alvo para as ações da Aura (AURA33), que oferece exposição aos preços recordes do metal, com crescimento da produção

Barras de ouro: Metal bateu recorde histórico de US$ 3 mil por onça nesta semana (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Carolina Ingizza

Redatora na Exame

Publicado em 15 de março de 2025 às 10h03.

Uma ação fora dos holofotes negociada na B3 registrou uma valorização impressionante de 160% nos últimos meses – e analistas veem espaço para ganhos adicionais.

Tanto BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) quanto o Itaú BBA reforçaram suas recomendações de compra aumentaram seus preços-alvo para os papéis da mineradora de ouro Aura Minerals ( AURA33 ) na última semana.

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As expectativas passaram para R$ 38 e R$ 40 por papel, respectivamente – potenciais de alta de 18% e 25%, respectivamente, em relação ao preço de tela. Ambas as casas também veem bom retorno na forma de dividendos, com yield de 6,5% entre 2025 e 2027 (no caso do Itaú) e de 8% a 9% em 2025 (para o BTG).

“Consideramos a Aura uma oportunidade atraente para diversificação de portfólio, oferecendo tanto crescimento significativo quanto retornos sólidos ao longo do tempo”, afirmam Leonardo Correa e Marcelo Arazi, do BTG.

A tese de investimento na Aura é baseada na expectativa de preços robustos do ouro – que vem batendo recordes em meio às incertezas geopolíticas e um movimento mais estrutural de “des-dolarização” das reservas por parte dos bancos centrais.

O Itaú projeta que um preço médio de US$ 2800 por onça para este ano e US$ 2650 para o próximo (contra as expectativas anteriores de US$ 2500 e US$ 2300). Já o BTG prevê um preço de longo prazo de US$ 2300/onça, frente a projeção anterior de US$ 1700.

Expansão da empresa

Mas para além do preço da commodity, há ainda fatores internos da própria Aura, como a expansão já contratada na produção e melhoras operacionais que tem garantido mais estabilidade nos resultados.

Para este ano, o BTG acredita que a Aura vai entregar o ponto médio do guidance de produção, chegando a 278 mil onças de ouro, alta de 4% em relação a 2024.

Para os próximos anos, há um crescimento contínuo contratado. A empresa está focada na entrega do projeto de Borborema, que deve iniciar operações no terceiro trimestre de 2025.

Além disso, intensificou a expansão do negócio com a aquisição dos projetos Pé Quente e Pézão, localizados em Mato Grosso, para complementar o projeto Matupá, no mesmo estado, previsto para entrar em operação em 2027.

A companhia investe também em um projeto em Cerro Blanco, na Guatemala, que tem o potencial de quase dobrar sua capacidade de produção.

Apesar de ainda enfrentar desafios regulatórios no país, os analistas do banco acreditam que a gestão da empresa está comprometida em superar esses obstáculos.

O projeto transformacional ainda não está nas projeções do banco, mas é uma boa opcionalidade em cima da ação – ou seja, se de fato se materializar pode destravar novas altas.

Mais uma razão para brilhar.

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