Invest

Didi Global, dona da 99, vai deixar a bolsa de Nova York

Mais de 96% dos acionistas presentes em assembleia da companhia votaram pela retirada das ações do mercado, após um ano de pressão do governo chinês

Conhecida formalmente como Xiaoju Kuaizhi Inc., a Didi foi criada em 2021 pelos sócios Cheng Wei e Jean Liu e atualmente possui mais de 493 milhões de usuários ativos espalhados por 15 países (Pavlo Gonchar/Getty Images)

Conhecida formalmente como Xiaoju Kuaizhi Inc., a Didi foi criada em 2021 pelos sócios Cheng Wei e Jean Liu e atualmente possui mais de 493 milhões de usuários ativos espalhados por 15 países (Pavlo Gonchar/Getty Images)

AO

Agência O Globo

Publicado em 23 de maio de 2022 às 12h59.

Última atualização em 23 de maio de 2022 às 13h31.

A Didi Global, gigante chinês de serviço de motoristas por aplicativo e dona da 99, vai retirar suas ações da bolsa de Nova York, após a maioria dos acionistas da companhia ter votado a fazer desse movimento e pondo fim a um conflito que se arrasta há um ano com Pequim sobre sua listagem no mercado de ações americano.

Reunidos em assembleia geral extraordinária nesta segunda-feira, mais de 96% dos acionistas presentes votaram em favor do desligamento da Didi da bolsa nos Estados Unidos, informou a companhia.

Ibovespa sobe com exterior após falas de Biden; dólar cai a R$ 4,80

Esses acionistas representavam 811,44 milhões de um total de 1,2 bilhão de ações em circulação no último dia 28 de abril.

"É a única opção para os acionistas. Eles iriam para o purgatório se persistissem em sua desobediência ao governo chinês", comentou Thomas Hayes, presidente da Green Hill Capital.

A Didi disse no mês passado, quando convocou a assembleia geral de acionistas realizada hoje para votar o desligamento da bolsa de Nova York, que não vai listar suas ações em qualquer outra bolsa de valores até que a saída esteja concluída.

A companhia tem lutado para normalizar seus negócios após ter enfurecido os reguladores chineses ao avançar com sua listagem de US$ 4,4 bilhões na bolsa de Nova York em junho de 2021, apesar de Pequim ter pedido que a Didi deixasse essa iniciativa em compasso de espera.

Contas públicas: Com R$ 320 bilhões em caixa, estados aumentam obras em ano eleitoral.

Ameaças de Pequim

Dias após a abertura de capital na bolsa dos EUA, a autoridade da concorrência chinesa para assuntos digitais, a Administração do Cyberespaço da China, iniciou um inquérito sobre segurança cibernética envolvendo as práticas ligadas a dados da Didi e ordenou que lojas de aplicativos removessem 25 aplicativos operados pela companhia.

Desigualdade: a cada 30 horas surge um bilionário no mundo, enquanto mais 1 milhão de pessoas entram na extrema pobreza

O organismo também pediu que a Didi deixasse de cadastrar novos usuários, citando a segurança nacional e o interesse público.

A companhia vai protocolar um formulário junto à comissão de valores mobiliários americana (SEC, na sigla em inglês) até o próximo dia 2 solicitando que suas ações sejam deslistadas.

VEJA TAMBÉM: 

Mundo ganhou um bilionário a cada 30 horas na pandemia, diz Oxfam

Ex-banqueiro fica bilionário com boom do transporte marítimo

Aos 10 anos, garoto é considerado o bilionário mais novo do mundo

Como Julia Roberts gasta sua fortuna de US$ 250 milhões?

 

Acompanhe tudo sobre:99taxisbolsas-de-valoresChinaDidi Chuxing

Mais de Invest

Mercados da Coreia do Sul abrem em queda após decisão sobre lei marcial no país

Resultado da Mega-Sena concurso 2803; prêmio é de R$ 74,7 milhões

Banco Central e CVM simplificam regras para investimentos estrangeiros no Brasil

Poupança: entenda como funciona e qual é o rendimento