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Decisão do BoJ, rumor de estímulo na China e OPA do Êxito: 3 assuntos que movem o mercado

Governo chinês planeja injetar mais de US$ 300 bilhões para compra de ações; bolsa de Hong Kong fecha em alta de 2,6%

Kazuo Ueda, presidente do BoJ (STR/JIJI Press/AFP /Getty Images)

Kazuo Ueda, presidente do BoJ (STR/JIJI Press/AFP /Getty Images)

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 08h54.

Última atualização em 23 de janeiro de 2024 às 09h19.

Bolsas da Europa recuam na manhã desta terça-feira, 23. O movimento segue o tom negativo dos índices futuros de Nova York, que caem após o índice Dow Jones ter superado a marca dos 38 mil pontos pela primeira vez na história. Além das recentes altas, mantém o mercado americano mais cauteloso com os dados de atividade e inflação que serão divulgados nesta semana. Os mais aguardados são o Produto Inter Bruto (PIB) dos Estados Unidos e o Índice de Preço sobre Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês), usado pelo Federal Reserve como principal métrica de inflação.

Estímulo na China

Apesar das perdas do Ocidente, foram registradas firmes altas do outro lado do mundo, nesta madrugada. O maior destaque ficou com o Hang Seng, principal índice da bolsa de Hong Kong, que subiu 2,63% em meio a rumores de que o governo local planeja injetar mais estímulos na economia. Os rumores partiram de uma notícia da Bloomberg com fontes anônimas de que a China irá colocar US$ 280 bilhões para uma espécie de fundo de estabilização para comprar ações por meio da bolsa de Hong Kong. Cerca de 15% desse valor foi reservado para que fundos locais comprassem ações por meio da bolsa da China. 

Em desaceleração e com políticas que anseiam cautela entre investidores, a China tem gerado pessimismo entre investidores globais. Grandes investidores que apoiavam a tese de investimento no país, como Ray Dalio e Mark Mobius, já têm demonstrado algum ceticismo com a tese.

Decisão do BoJ

Enquanto isso, outro asiático tem voltado ao centro das atenções do mercado: o Japão. O otimismo tem derivado da melhora da percepção de governança das empresas japonesas e pelos níveis de preços, considerados atrativos. A manutenção das políticas de estímulos também contribui. Nesta madrugada, o Bank of Japan (BoJ), o banco central japonês, manteve inalterado o juro em 0,10% negativo. O BoJ também manteve inalterado o limite superior do rendimento do título de 10 anos do Japão em 1%. Na avaliação de Kazuo Ueda, presidente do BoJ, o país está nos trilhos para alcançar a meta de inflação de 2%. Após a inflação japonesa ter passado por um repique no ano passado, o Índice de Preço ao Consumidor (IPC) tem recuado. Divulgado nesta madrugada, o IPC anual retraiu de 2,7% para 2,6% ante expectativa de alta para 2,8%. A bolsa de Tóquio fechou perto da estabilidade nesta madrugada, mas no ano sua alta já beira 10%.

OPA da êxito

O Êxito concluiu sua Oferta Pública de Aquisição realizada na Colômbia e Estados Unidos. O maior comprador foi o Grupo Calleja, que terminou a oferta com 87% da Êxito. O Calleja é uma das maiores empresas de El Salvador, com 111 lojas e 60% de participação de mercado por meio do Super Selectos.

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