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Dados de emprego dos EUA, PMI industrial do Brasil e inflação da zona do euro: o que move o mercado

De olho na agenda das autoridades, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa de um evento em São Paulo

Radar: mercado aguarda dados de emprego nos EUA (Justin Sullivan/Getty Images)

Radar: mercado aguarda dados de emprego nos EUA (Justin Sullivan/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 1 de outubro de 2024 às 08h04.

Os mercados internacionais operam sem direção única na manhã desta terça-feira, 1º. À espera de dados de emprego nos Estados Unidos, Dow Jones e S&P 500 caem, enquanto Nasdaq registra alta modesta. Na Europa, após dados de inflação vierem abaixo da meta, as bolsas operam com valorização. Na Ásia, os mercados da China, de Hong Kong e da Coreia do Sul ficaram fechados devido ao feriado. Já a bolsa do Japão encerrou o pregão em alta.

Relatório Jolts

Hoje dá início a uma bateria de dados de emprego nos Estados Unidos que podem ditar o rumo da política monetária por lá. Isso porque, mais do que a própria inflação, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central americano) estão bastante atentos ao mercado de trabalho.

Nesta terça, sairá o relatório Jolts, que mede a abertura de postos de trabalho dos setores não-agrícolas. Segundo o consenso da LSEG, a projeção é pela abertura de 7,67 milhões de postos.

Já na quarta-feira, 2, será a vez do relatório ADP, considerado uma prévia do payroll – este, por sua vez, será divulgado na sexta-feira, 4, junto com a taxa de desemprego de setembro, os dados mais relevantes para o Fed.

Ontem, Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que se a economia evoluir conforme o esperado, o BC americano irá reduzir o ritmo dos cortes de juros. Na última reunião de setembro, o Fed optou por cortar em 0,50 ponto-percentual (p.p.). A depender agora dos dados da economia, os cortes seriam de 0,25 p.p. nas últimas duas reuniões do ano, em novembro e dezembro, segundo Powell.

“A economia está forte, o mercado de trabalho também e a inflação está próximo da meta. Com isso, o Fed não está com pressa em cortar os juros”, disse em um evento da National Association for Business Economics.

Entretanto, o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, disse que está aberto a outro corte de 0,50 p.p., em novembro, caso os dados mostrem que o crescimento do emprego está desacelerando mais rápido do que o esperado.

Nesta manhã, segundo a plataforma FedWatch, do CME Group, 61,2% do mercado apostava em um corte de 0,25 p.p. no dia 7 de novembro, enquanto 33.9% apostava para o mesmo percentual de corte na reunião do dia 18 de dezembro.

PMI industrial do Brasil e EUA

Além do relatório Jolts, o mercado aguarda os dados da atividade econômica dos EUA. Às 10h45, a previsão é que saia o Índice de Gerentes de Compras (PMIs) industrial de setembro medido pela S&P Global. Já às 11h, será publicado o PMI industrial de setembro medido pelo ISM (previsão de 47,5), assim como os gastos com construção de agosto (projeção +0,2%).

Antes, às 10h, será divulgado o PMI da indústria de setembro no Brasil.

Inflação da zona do euro

Na Europa, investidores repercutem o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que desacelerou para 1,8% em setembro, ante 2,2% em agosto, segundo levantamento preliminar da Eurostat. O resultado ficou abaixo da meta de inflação de 2% do Banco Central Europeu (BCE) pela primeira vez desde junho de 2021.

Neste ano, a autoridade monetária reduziu suas principais taxas de juros duas vezes devido ao arrefecimento da inflação.

Ainda na zona do euro, o mercado também avalia o PMI industrial deste mês, que caiu para 45, o menor nível em nove meses. Resultados abaixo de 50 mostram uma contração na atividade. Apesar disso, o indicador ficou levemente acima da leitura inicial.

Agenda

De olho na agenda das autoridades, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participa de um evento promovido pela Crescera Capital, em São Paulo.

Na parte da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião com Flávio Lara Resende, presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, seguida de um encontro com Marcos Peigo, CEO e fundador da Scala Data Centers.

Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estará presente em uma cerimônia de transmissão do Poder Executivo Federal às 11h, na Cidade do México, e depois seguirá de volta para Brasília.

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