Radar: inflação dos EUA é o destaque do dia (Leandro Fonseca/Site Exame)
Repórter de finanças
Publicado em 10 de outubro de 2024 às 08h41.
Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 10h43.
Os mercados internacionais operam mistos na manhã desta quinta-feira, 10. Na Europa, as bolsas recuam ligeiramente à espera de dados da inflação nos Estados Unidos. Na Ásia, os mercados fecharam em alta na esteira de ganhos em Wall Street no dia anterior. Já nos EUA, os índices futuros também recuam com investidores mais cautelosos sobre o rumo da política monetária por lá.
Em mais uma rodada de dados nos Estados Unidos, investidores buscarão pistas sobre o rumo dos juros por lá. Ontem, após a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), a possibilidade de mais um corte de 0,50 pontos percentuais (p.p.) até o fim do ano foi praticamente descartada.
Soma-se a isso os dados do payroll, na semana passada, que mostraram um mercado de trabalho aquecido, bem acima das expectativas, além de falas do próprio presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, que também descartou um corte maior.
Hoje, o mercado aguarda a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) de setembro, previsto para sair às 9h30. O consenso LSEG projeta uma alta mensal de 0,1%, e de 2,30% na comparação anual. Em agosto, o dado ficou em 2,50%.
Pela manhã, a plataforma FedWatch, do CME Group, apontava que 78,2% do mercado apostava em um corte 0,25 pontos-percentuais (p.p.), enquanto 21,8% apostavam em uma manutenção na próxima reunião. Ontem, antes da ata do Fomc, essas chances eram de 88,7% e 11,3%, respectivamente.
Ainda nos EUA, também haverá a divulgação dos pedidos de auxílio-desemprego semanais, às 9h30. A projeção da LSEG para os pedidos semanais de auxílio desemprego nos EUA apontam para 230 mil.
Já na Europa, o mercado repercute a ata do Banco Central Europeu (BCE), divulgada às 8h30.
Localmente, os olhares se voltam para dados do varejo de agosto, que serão apresentados pela Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), às 9h. As estimativas apontam para uma queda mensal de 0,5% e alta de 3,6% na comparação anual.
De olho na agenda de executivos, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, cuja indicação para presidir a instituição foi aprovada na terça-feira, 8, pelo Senado, terá reuniões com representantes do Ministério da Fazenda, da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) e da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de congresso de corretores de seguros.
Nos EUA, às 10h15, o mercado acompanha a fala da diretora do Fed, Lisa Cook, seguida pelo presidente da distrital de Nova York, John Williams, às 12h.
O Banco Popular da China (PBoC) introduziu um mecanismo de swap no valor de 500 bilhões de yuans (cerca de US$ 70,6 bilhões) para facilitar que corretoras, fundos de investimento e seguradoras adquiram ativos líquidos destinados à compra de ações.
Essa medida faz parte de um pacote de estímulos maior, anunciado no final do mês passado pelo presidente do PBoC, Pan Gongsheng, com o objetivo de revitalizar a economia chinesa. Durante uma coletiva de imprensa, Pan explicou que o novo mecanismo de swap "aumentará significativamente a capacidade dessas instituições de captar recursos e ampliar suas participações no mercado de ações".