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Com queda de 30%, Marfrig tem pior desempenho no mês

Em contrapartida, as ações da CSN tiveram o melhor desempenho, com valorização de 10%. Confira os melhores e piores do mês na Bolsa

Investidores (Foto/Getty Images)

Investidores (Foto/Getty Images)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 31 de agosto de 2018 às 18h03.

São Paulo - A Marfrig foi a companhia com pior desempenho entre as empresas listadas no Ibovespa. No mês de agosto, as ações da companhia fecharam em queda de 30%.

Os investidores acompanharam a venda da Keystone Foods, que é da Marfrig, para a Tyson Foods por 2,5 bilhões de dólares. O negócio deve ser finalizado até o final do ano. Com a venda, a Marfrig terá o menor índice de alavancagem do setor no Brasil, projetada entre 2,2 vezes e 2,5 vezes para o fim de 2018.

Outros destaque negativo da Bolsa no mês de agosto foram a Qualicorp. A administradora de planos de saúde coletivo acumulou queda de 21%.

A Qualicorp teve uma mudança no modelo de comercialização das carteiras o que acabou impactando no faturamento do último trimestre. No final de junho, a empresa contava com um total de 2,6 milhões de beneficiários, queda de quase 41% na comparação com o mesmo período do ano passado e uma baixa de 13,8%  sobre o primeiro trimestre deste ano, após encerramento de contratos corporativos que não eram rentáveis para companhia.

Confira abaixo as ações que tiveram o pior desempenho na Bolsa.

EmpresaTickerDesempenho no mês em %
MarfrigMRFG3-30,24
QualicorpQUAL3-21,4
Via VarejoVVAR11-20,62
GOLGOLL4-18,83
Lojas AmericanasLAME4-14
EstácioESTC3-13,14
CCRCCRO3-11,13
BRFBRFS3-11,11
BradescoBBDC3-9,88
CemigCMIG4-9,36
LocalizaRENT3-9,35
UsiminasUSIM5-9,02
EcorodoviasECOR3-8,97
IguatemiIGTA3-8,97
KrotonKROT3-8,56
B3B3SA3-8,53
Lojas RennerLREN3-8,42
EletrobrasELET3-8,4
BR MallsBRML3-8,04

Destaques positivos

Na contramão do Ibovespa, que fechou o mês em queda de 3,21%, estão as ações da CSN e da Braskem, com alta de 10% e 8%, respectivamente.

A siderúrgica anunciou que aumentará em 10,25% os preços do aço a partir de setembro, para ter competitividade no mercado internacional após a valorização do dólar.

Além disso, a companhia decidiu cancelar a distribuição de dividendos, no valor de 890 milhões de reais, após a justiça bloquear o pagamento para o mês de agosto. Em fato relevante, a CSN disse que pretende utilizar os recursos não distribuídos para amortizar obrigações de curto prazo, que com o pagamento dos dividendos seriam alongadas.

Em relação à Braskem, o mercado acompanhou a Petrobras negar que existe pressão interna contra a venda da fatia na petroquímica.

Em resposta à CVM, a Petrobras negou que existe um grupo de técnicos da estatal está tentando dissuadir conselheiros e o alto escalão de exercerem o direito de venda da fatia na petroquímica.

No esclarecimento, a Petrobras disse que, conforme divulgado anteriormente, caso a negociação entre a Odebrecht e a holandesa LyondellBasell seja finalizada com êxito, a Petrobras “irá analisar os termos e condições da oferta, de forma a avaliar o eventual exercício dos direitos da companhia previstos no acordo de acionistas da Braskem”.

EmpresaTickerDesempenho no mês
CSNCSNA310,07
BraskemBRKM58,23
KlabinKLBN117
SuzanoSUZB36,59
FibriaFIBR36,2
CieloCIEL35,23
JBSJBSS34,21
Engie BrasilEGIE33,56
Raia DrogasilRADL33,55
WEGWEGE33,4

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