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Cautela sobre ata do Fed derrubam bolsas europeias

Mesmo com indicadores positivos da zona do euro no setor de varejo e no mercado de trabalho, a tendência negativa permaneceu durante o pregão


	Bolsa de Madri: bolsas de Portugal e Espanha foram exceções no pregão de hoje e fecharam em alta impulsionadas por queda de custos de empréstimos nesses países
 (Cristina Quicler/AFP)

Bolsa de Madri: bolsas de Portugal e Espanha foram exceções no pregão de hoje e fecharam em alta impulsionadas por queda de custos de empréstimos nesses países (Cristina Quicler/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 15h01.

São Paulo - As principais bolsas europeias reativaram a mesma cautela observada antes da reunião do Federal Reserve do mês de dezembro e fecharam a sessão desta quarta-feira, 08, em queda.

Os investidores estão à espera da ata desta última reunião do Fed para analisarem os sinais sobre qual será a velocidade que o banco central norte-americano vai reduzir os estímulos à economia.

Mesmo com indicadores positivos da zona do euro no setor de varejo e no mercado de trabalho, a tendência negativa permaneceu durante o pregão. O índice Stoxx Euro 600, entretanto, teve alta de 0,11%, aos 329,75 pontos.

Nesta quarta-feira foi divulgado o relatório da geração de vagas por empresas privadas dos EUA, que sugere que o Fed vai continuar o processo de redução nos próximos meses. Foram criados 238 mil empregos em dezembro, segundo a Automatic Data Processing/Macreconomic Advisers. O resultado superou a previsão de 200 mil da Dow Jones Newswires. Na sexta-feira, 10, será a vez do Departamento do Trabalho divulgar o relatório de dezembro, que engloba o setor público e privado.

Na principal economia do bloco, a Alemanha, as encomendas à indústria subiram 2,1% em novembro ante outubro e o superávit comercial ajustado subiu para 17,8 bilhões de euros em novembro, de 16,7 bilhões de euros em outubro.

Para esta quinta, 09, o mercado aguarda a decisão da política monetária do Banco da Inglaterra (BoE) e do Banco Central Europeu (BCE). A autoridade britânica faz o anúncio às 10h e o BCE publica sua decisão às 10h45.

A maior queda da sessão foi registrada na Bolsa de Londres, que caiu 0,50%, aos 6.721,78 pontos.

O destaque negativo foi as ações da Mothercare, que caíram 30,6% depois de a companhia anunciar números fracos nas vendas de Natal e indicar que o lucro para 2014 pode ser menor que as expectativas do mercado.


A Domino's Pizza, contudo, fechou em alta de 3,78% depois de divulgar números acima do esperado nas vendas do quarto trimestre de 2013.

A Bolsa de Frankfurt encerrou com recuo de 0,17%, aos 19.436,30 pontos, mesmo com os números positivos da economia alemã. No mercado corporativo, as ações da RWE perderam 2,1%, acompanhando a queda de 1,7% da Munich Re e de 1,3% da Bayer. Entre os destaques positivos, a MDAX Celesio subiu 9,3%.

Na Itália, a queda do índice FTSEMIB foi de 0,17%, aos 19.437,30 pontos, com analistas afirmando que a perda já era esperada após os ganhos acumulados das últimas sessões.

Os papéis do Banca Monte dei Paschi di Siena fecharam em alta de 0,6%, o Unicred ganhou 1,98% e o Intensa Sanpaolo subiu 2,17%. As ações do mercado de luxo foram os destaques negativos: Salvatore Ferragamo caiu 5,8%, Brunello Cucinelli perdeu 4,97% e Moncler recuou 4,2%.

A Bolsa de Paris teve leve queda de 0,04%, aos 4.260,96 pontos. As ações da Air France reduziram as perdas ao subirem 7%, após a companhia aérea relatar um aumento de 2,1% no número de passageiros e crescimento de 0,9 pontos na taxa de ocupação em 2013.

As bolsas de Portugal e Espanha foram exceções no pregão de hoje e fecharam em alta impulsionadas pela queda dos custos de empréstimos nesses países. A Bolsa de Madri fechou em alta de 0,74%, aos 10.253,60 pontos, no melhor nível desde meados de 2011. Os bancos foram destaques, com o BBVA em alta de 0,70%.

Em Lisboa, o índice PSI20 avançou 1,40%, aos 7.055,27 pontos, com destaque para os ganhos de 3% do Banco Comercial Português. Um retorno bem sucedido para o mercado de títulos do governo da Irlanda impulsionou a alta no mercado português e fez o governo planejar reabrir os bônus a partir de 2019.

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