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Carrefour Brasil (CFRB3) sobe 11% após controlador elevar preço para OPA

Grupo francês elevou prêmio a ser pago em meio a críticas de minoritários; proposta, agora, é de R$ 8,50 por ação

Carrefour: anteriormente, a companhia havia oferecido R$ 7,70 por ação (Nelson ALMEIDA/AFP)

Carrefour: anteriormente, a companhia havia oferecido R$ 7,70 por ação (Nelson ALMEIDA/AFP)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de abril de 2025 às 11h39.

Última atualização em 4 de abril de 2025 às 17h36.

As ações do Carrefour Brasil (CFRB3) subiram 10,77% para R$ 8,23. A alta foi uma reação à nova proposta do controlador da varejista, o Carrefour da França, que passou a oferecer R$ 8,50 por ação para fechar o capital da subsidiária brasileira.

Sob intensa pressão de minoritários, o Carrefour França aumentou em pouco mais de 10% sua oferta.

Anteriormente, a companhia havia oferecido R$ 7,70 por ação. As ações negociavam no patamar de R$ 7,40 desde o anúncio da oferta, feita em fevereiro.

A mudança vem menos de uma semana antes da assembleia que estava marcada para votar a operação, agendada para a próxima segunda-feira, 7. Agora, a reunião foi postergada em pouco mais de duas semanas, para o dia 25.

Acionistas minoritários, liderados principalmente por estrangeiros, vinham se articulando para barrar a operação no que prometia ser uma disputa voto a voto na assembleia.

O golpe mais duro para a operação veio com a recomendação das consultorias Glass Lewis e ISS, que orientam voto e são seguidas por muitos fundos de perfil mais passivo. Ambas recomendaram que os acionistas não aceitassem a proposta dos R$ 7,70, por não achar o prêmio oferecido vantajoso.

Num processo cercado de polêmicas, também nesta semana, a Península, family office da família Diniz e segunda maior acionista do Carrefour depois do controlador, com 7,3% das ações, anunciou a “desvinculação” de 2,4% do capital de seus fundos — e que poderiam passar a votar como free float.

Segundo apurou o INSIGHT, trata-se do GIC, fundo soberano de Singapura, que quer receber sua fatia em dinheiro e não em troca de ações do Carrefour França, como fará a Península.

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