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Cade autoriza compra do supermercado Dia por fundo ligado a Nelson Tanure

Movimento ocorre num momento em que circula um possível interesse em fundir o Grupo Pão de Açúcar (GPA) com a rede Dia

Dia: Cade autoriza compra de rede de supermercados por fundo ligado a Tanure (Gabriel Correa/Exame)

Dia: Cade autoriza compra de rede de supermercados por fundo ligado a Tanure (Gabriel Correa/Exame)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 30 de dezembro de 2024 às 17h09.

Última atualização em 30 de dezembro de 2024 às 17h39.

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) autorizou o fundo de investimentos Arila, ligado ao investidor Nelson Tanure, a adquirir o controle da rede de supermercados Dia Brasil do fundo Lyra II.

A decisão do Cade ocorreu na última sexta-feira, 27, e alega que o grupo comprador não possui atuação no mercado de varejo, o que não provocaria concentração econômica. Segundo o órgão, a operação não acarreta prejuízos ao ambiente concorrencial.

O Lyra II, fundo gerido pela MAM Asset, ligada ao Banco Master, comandava a companhia desde maio, momento que o grupo espanhol Dia vendeu a operação brasileira.

Atualmente, o Dia Brasil está em recuperação judicial com dívidas na casa dos R$ 1,1 bilhão. O empresário Nelson Tanure é conhecido por investir em ativos com dificuldades financeiras.

O movimento ocorre num momento em que circula no mercado um possível interesse em fundir o Grupo Pão de Açúcar (GPA) com a rede Dia de supermercados.

A especulação aumenta ainda mais, já que no último dia 16 de dezembro a gestora de investimentos Reag Trust, que administra fundos de Tanure, atingiu participação relevante no GPA.

De acordo com correspondência enviada pela Reag ao GPA, fundos sob sua gestão passaram a deter 5,69% das ações ordinárias da empresa, além de instrumentos financeiros derivativos que elevaram a exposição total para 9,56%.

Segundo o jornal Valor Econômico, Tanure deve assumir a operação do Dia com objetivo de criar uma corporation no setor de varejo. A intenção seria integrar a operação ao GPA, dono das marcas Pão de Açúcar e Extra.

No entanto, ainda de acordo com o jornal, não há, neste momento, negociações em andamento entre GPA e Tanure.

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