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Bovespa fecha em alta de 0,23% amparada em Petrobras

O Ibovespa fechou em alta pelo terceiro pregão seguido, acompanhando o viés positivo em Wall Street e pela Petrobras


	Bovespa: Ibovespa subiu 0,23%, a 53.239 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Bovespa: Ibovespa subiu 0,23%, a 53.239 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2015 às 19h39.

São Paulo - A Bovespa fechou com o seu principal índice em alta pelo terceiro pregão seguido nesta terça-feira, acompanhando o viés ascendente em Wall Street e tendo a Petrobras como principal suporte, enquanto as ações da Gerdau despencaram após a siderúrgica anunciar uma reorganização de ativos.

O Ibovespa subiu 0,23 por cento, a 53.239 pontos, revertendo as perdas da primeira etapa da sessão, quando chegou a recuar 0,88 por cento. O volume financeiro do pregão ficou novamente abaixo da média do ano, a 5,17 bilhões de reais.

O índice acionário norte-americano S&P 500 avançou 0,45 por cento, guiado por papéis de energia conforme o petróleo firmou-se no azul.

O giro financeiro novamente reduzido, contudo, revela cautela ainda com o mercado acionário doméstico, e o quadro fiscal está entre as principais fontes de apreensão dos investidores. O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse nesta terça-feira que há discussão no governo sobre a fixação de uma banda para a meta de superávit primário, em meio a cenário de dificuldade de cumprimento do alvo fiscal.

A agência de classificação de risco Moody's começa na quarta-feira visita ao país, e agentes financeiros estão atentos à possibilidade de corte na nota brasileira em um degrau, para "Baa3", última classificação dentro do grau de investimento.

As perspectivas relacionadas ao crescimento pouco favorecem o ânimo. O IBGE divulgou nesta terça-feira que as vendas no varejo caíram 0,9 por cento em maio ante abril, pior desempenho em 14 anos para o mês e muito aquém do esperado.

DESTAQUES

=PETROBRAS encerrou com alta de 1,52 por cento nas preferenciais e de 1,81 nas ordinárias, conforme os preços do petróleo assumiram trajetória positiva. Agentes financeiros também repercutiram declaração de um conselheiro da petroleira de que o regime de partilha na exploração do petróleo do pré-sal é danoso aos interesses da Petrobras e da nação.

=VALE encerrou com as preferenciais em queda de 3,26 por cento e as ordinárias com recuo de 3,68 por cento, após alta na véspera, que foi amparada em comentários de um executivo da mineradora sobre ajustes nos sistemas de produção da companhia. A queda nos preços do minério de ferro à vista na China endossou o ajuste negativo.

=GERDAU despencou 7,25 por cento, renovando a mínima intradia em 10 anos e fechando no menor valor desde 8 de julho de 2005, após anunciar aquisições de fatias em empresas controladas no total de 1,986 bilhão de reais em meio à reorganização de seus ativos latino-americanos. "Uma transação cara de praticamente todos os ângulos e um timing infeliz", disse o BTG Pactual. O Bradesco BBI também sugeriu em nota a clientes que o grupo poderia estar buscando, com a decisão anunciada nesta terça-feira, reverter operações que criaram ágio fiscal para a Gerdau há cerca de uma década. Gerdau Metalúrgica despencou 10,52 por cento.

=ECORODOVIAS fechou em alta de 4,86 por cento, liderando as altas do índice, recuperando-se após dois dias no vermelho. Ainda no setor de concessões rodoviárias e de logística, CCR subiu 1,76 por cento.

=ELETROBRAS também foi destaque na ponta positiva, com avanço de 4,27 por cento nas preferenciais, após informar que não foi intimada sobre qualquer processo de investigação no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

=SUZANO PAPEL E CELULOSE caiu 3,84 por cento, no sexto pregão consecutivo de queda, acumulando em julho perda de mais de 9 por cento. Profissionais do mercado atribuíram parte da queda nesta sessão ao relatório do Bank of America Merrill Lynch avaliando que a empresa pode desapontar na divulgação do balanço do seu segundo trimestre no que diz respeito a custos.

=AMBEV avançou apenas 0,20 por cento, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) fechar acordo judicial com a fabricante de bebidas para reduzir multa aplicada pelo órgão antitruste em 2009. O Credit Suisse avaliou a notícia como ligeiramente negativa, considerando que a multa não estava embutida como um todo no consenso das estimativas. Mas avaliou que o pagamento deve ter um impacto limitado do ponto de vista de valor da companhia.

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