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BofA vê onda de compra de ativos de risco com sinalização do Fed

A pressa para aproveitar preços baixos fez com que os investidores retirassem dinheiro dos fundos de alta liquidez para aplicar em fundos de ações

FED: A recuperação dos ativos retardatários de 2023 mostra que os investidores apostam tudo na flexibilização monetária do Federal Reserve no ano que vem (Samuel Corum//Getty Images)

FED: A recuperação dos ativos retardatários de 2023 mostra que os investidores apostam tudo na flexibilização monetária do Federal Reserve no ano que vem (Samuel Corum//Getty Images)

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Agência de notícias

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 11h22.

A recuperação dos ativos retardatários de 2023 mostra que os investidores apostam tudo na flexibilização monetária do Federal Reserve no ano que vem, disse o estrategista Michael Hartnett, do Bank of America.

O movimento de compra abrange de tudo, desde dívida problemática a ativos fortemente alavancados, depois que o Fed sinalizou que está pronto para começar a cortar juros em 2024. Essa recuperação provavelmente continuará até que a inflação suba novamente e uma recessão se estabeleça, escreveu Hartnett.

A pressa para aproveitar preços baixos fez com que os investidores retirassem dinheiro dos fundos de alta liquidez para aplicar em fundos de ações, que atraíram US$ 25,3 bilhões de ingresso na semana até 13 de dezembro, disse o banco, com base em dados da EPFR Global.

O otimismo com o tom mais brando do Fed também desencadeou uma recuperação em partes do mercado de renda variável americano que tiveram desempenho inferior no início do ano, como ações de empresas de tecnologia não lucrativas e bancos regionais. O S&P 500 está agora a menos de 2% de um nível recorde.

Hartnett manteve um tom cauteloso, alertando que mesmo que as saídas dos fundos de alta liquidez continuem, a história mostra que isso não significa automaticamente mais ganhos para ativos de risco.

Os fundos de alta liquidez do mercado monetário foram os “maiores vencedores de fluxos” em 2023, com um aumento de 25% nos ativos sob gestão, para US$ 5,9 trilhões, disse Hartnett. Mas o crescimento foi inferior à média anualizada de 33% nos quatro ciclos anteriores, disse ele.

Além disso, os ingressos nesses fundos nos ciclos anteriores continuaram durante, em média, 14 meses após a última alta de juros do Fed. Supondo que o aumento final desta vez tenha ocorrido em julho, isso significaria que os fluxos positivos para os fundos do mercado monetário atingiriam o pico apenas em setembro de 2024, disse Hartnett.

Treasuries e commodities continuam a ser as melhores proteções para o primeiro semestre do próximo ano, em meio a expectativas de pouso suave, disse o estrategista.

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