BB Seguridade: alta da taxa de juros beneficiou resultado (BB Seguridade/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 8 de agosto de 2022 às 08h41.
Última atualização em 8 de agosto de 2022 às 08h49.
O BB Seguridade (BBSE3) registrou lucro líquido de R$ 1,406 bilhão em balanço do segundo trimestre divulgado nesta segunda-feira, 8. O resultado foi 86,6% superior ao do mesmo período do ano passado.
O lucro também saiu acima do consenso de mercado da Bloomberg, que era de R$ 1,32 bilhão para o período. O resultado financeiro consolidado ficou em R$ 166,5 milhões contra saldo negativo de R$ 101,7 milhões no segundo trimestre de 2021.
O desempenho foi atribuído à alta da taxa Selic, com impactos financeiros positivos em todas as empresas do grupo.
A maior parte do resultado veio da Brasilseg, que contribuiu em R$ 546,8 milhões para o lucro, 206% a mais do que no segundo trimestre de 2021. O desempenho foi atribuído à "queda da sinistralidade, melhora significativa nas principais linhas de negócio"(vida, prestamista e rural e aumento do resultado financeiro, com a maior taxa média Selic".
A frente foi a que teve maior contribuição, mas não a maior expansão em relação ao ano passado. O resultado da Brasilprev, que representou pouco mais de 10% do total da BB Seguridade, cresceu 346%. O resultado da Brasilcap cresceu 20,7% na comparação anual para R$ 42,8 milhões, enquanto o da Brasildental caiu em 22,3% para R$ 4,82 milhões.
A alta foi impulsionada por maior receita com taxas de gestão, redução das perdas financeiras e maior saldo médio de ativos rentáveis, como investimentos em renda fixa mantidos até o vencimento e marcados a mercado.
O resultado operacional não decorrente de juros encerrou o primeiro semestre em R$ 3,386 bilhões, 25,1% acima do primeiro semestre de 2021. Dado o desempenho e as estimativas para os próximos meses, o BB Seguridade aproveitou o balanço para revisar o guidance para o resultado não decorrente de juros para 2022, de crescimento entre 12% e 17% para entre 15% e 20%.
O guidance para os prêmios emitidos pela Brasilprev, que cresceu 21,2% no semestre, também foi revisado, de crescimento entre 10% e 15% para entre 20% e 25%.
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