Invest

Ata do Copom, discursos do Fed, reação à Via, CVC e o que move o mercado

Bolsas internacionais recuperam perdas do começo da semana em meio à busca por barganhas; Nasdaq vem de mais de 4% de queda

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (Andre Coelho/Bloomberg)

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central do Brasil (Andre Coelho/Bloomberg)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de maio de 2022 às 07h08.

Última atualização em 10 de maio de 2022 às 08h58.

Índices de ações internacionais apresentam alguma recuperação na manhã desta terça-feira, 10, após duras quedas registradas no início da semana.

O principal índice da bolsa de Nasdaq, onde estão listadas as maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, vem de mais de 4% de queda, com investidores temendo que a alta de juros no país prejudique as perspectivas de crescimento.

Apesar da aparente melhora com a busca por barganhas, preocupações de um aperto monetário acelerado seguem como a principal assunto do mercado. Nesta terça, investidores buscarão novos indícios sobre os rumos da política monetária americana nas falas de membros do Federal Reserve.

Loretta Mester, Christopher Waller e John Williams, vice presidente do Fed, discursarão ao longo do dia. Sinalizações sobre o ritmo de alta de juros poderão ter impactos diretos sobre o pregão de hoje.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias que afetam o seu bolso. Tudo por menos de R$ 0,37/dia.

  • Veja a seguir o desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília):

    • Hang Seng (Hong Kong): - 1,84%
    • SSE Composite (Xangai): + 1,06%
    • FTSE 100 (Londres): + 0,60%
    • DAX (Frankfurt): + 1,37%
    • CAC 40 (Paris): + 0,82%
    • S&P futuro (Nova York): + 0,85%
    • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,39%
    • Petróleo Brent (Londres): - 1,83% (para US$ 104,09)

Ata do Copom

No Brasil, detalhes sobre a última alta de juros devem ser relevados ainda manhã pela ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. No comunicado, o Copom deixou a porta ajustes adicionais, após subir a Selic para 12,75%.

Mas a próxima elevação, segundo o documento da semana passada, deve ser em "menor magnitude". As apostas do mercado estão em mais uma alta de 50 pontos base para 13,25%.

As estimativas, no entanto, são sensíveis aos números de inflação, que seguem sem dar sinais de alívio. O próximo IPCA, referente ao mês de abril, será divulgado nesta quarta-feira, 11.

Vendas do varejo

Fora a ata do Copom, o principal indicador econômico do dia será o de vendas do varejo de março. A expectativa do mercado é de que o dado revele alta de 2,3% frente ao mesmo período do ano passado.

Reação aos resultados: Via supera estimativa

Balanços do setor de varejo também devem fazer preço nesta sessão. A Via (VIIA3) apresentou lucro líquido de R$ 86 milhões, contrariando o consenso de mercado da Bloomberg, que era de prejuízo líquido de R$ 108,7 milhões. A receita líquida, no entanto, caiu 2% na comparação anual e terminou o primeiro trimestre abaixo em R$ 7,4 bilhões, abaixo da mediana das projeções de analistas, de R$ 7,74 bilhões.

Nesta terça, investidores ainda reagirão aos balanços do Assaí, Mitre, Méliuz, BB Seguridade, e Grupo Mateus, divulgados na última noite.

Balanços do dia

Após o encerramento do pregão de hoje mais dez balanços deverão ser apresentados. Entre os mais aguardados está a da Centauro (Grupo SBF), Telefônica (Vivo) e CVC. Para a agência de turismo, que esteve entre as mais atingidas pela pandemia, a expectativa é de que o Ebitda ajustado ainda seja negativo em R$ 21,7 milhões, apesar da maior reabertura no primeiro trimestre.

Qualicorp, Mobly, BrasilAgro, Alupar, Valid e Cury também reportarão seus respectivos balanços do trimestre nesta noite.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCopomFed – Federal Reserve System

Mais de Invest

Mudança na Stellantis: Carlos Tavares renuncia ao cargo de CEO

Hapvida anuncia conclusão de integração de sistemas com a NotreDame Intermédica

Grendene, dona da Melissa, compra 100% da GGB por US$ 10,5 milhões

Sindicatos convocam greve em fábricas da Volkswagen na Alemanha