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Ata do Copom, balança comercial dos EUA e balanço do Itaú (ITUB4): o que move o mercado

Após "segunda sangrenta", os mercados internacionais recuperam boa parte das perdas e operam no azul

Radar: de olho na temporada de balanços, o destaque é o resultado de Itaú (ITUB4), que tem grande peso no Ibovespa (Itaú/Divulgação)

Radar: de olho na temporada de balanços, o destaque é o resultado de Itaú (ITUB4), que tem grande peso no Ibovespa (Itaú/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 6 de agosto de 2024 às 08h26.

Última atualização em 6 de agosto de 2024 às 10h57.

Após o dia de pânico entre investidores mundiais, os principais índices se recuperam nesta terça-feira, 6. Ao que parece, houve uma redução das preocupações imediatas sobre uma possível recessão nos Estados Unidos, que havia desencadeado a onda de vendas nos mercados globais, e os mercados já voltam a sua normalidade. Alguns analistas e investidores do mercado já falam que houve um “exagero”, não sendo uma crise de fato.

As bolsas do Japão, as mais afetadas no dia anterior, reverteram boa parte das perdas, com o índice Nikkei fechando em alta de 10,23%, maior ganho diário desde outubro de 2008, enquanto o índice Topix subiu 9,3%. Na Europa, as bolsas também abriram em ligeira alta - mas oscilam entre o azul e o vermelho após dados fracos de varejo da zona do euro. Nos Estados Unidos, os índices futuros sobem.

Ontem, o dia foi equiparado à “black monday”, a segunda-feira no dia 19 de outubro de 1987 marcada pela queda de 22,61% do índice Dow Jones e de 14,9% do índice Nikkei 225. Apesar de menores, as bolsas globais amargaram duras perdas nesta última segunda-feira, com o Nikkei 225 recuando 12,40%, enquanto o Topix caiu 12,23%, o que levou o Japão a acionar o circuit breaker - desencadeando quedas brutais em todo o mundo, com as bolsas de Wall Street e da Europa fechando em quedas na casa dos 2%.

Ata do Copom

O dia é marcado pela divulgação da ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de julho. Na semana passada, o Banco Central (BC), assim como o esperado, optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano. Entretanto, o que os investidores estavam atentos era sobre a sinalização de uma alta de juros até o final de 2024 - o que não ocorreu. Isso porque o mercado já precifica essa alta. Por conta disso, o documento será acompanhado de perto pelos investidores, que esperam um tom mais duro, com o colegiado detalhando o balanço de riscos para a inflação.

Balança comercial do Brasil e EUA

Na agenda dos indicadores, o destaque fica com a divulgação da balança comercial de junho dos Estados Unidos às 9h30. A Genial Investimentos estima que o número mensal venha em déficit de US$ 77,5 bilhões, frente ao déficit de US$ 75,1 bilhões anteriores. Já a balança comercial de julho do Brasil, que será divulgada às 15h, a casa estima um superávit de US$ 7,79 bilhões, frente os US$ 6,77 bilhões anteriores.

Balanços

De olho na temporada de balanços, após o fechamento da sessão, destaque para a divulgação dos resultados do segundo trimestre de Itaú Unibanco (ITUB4), Cury (CURY3), Grupo Mateus (GMAT3), Iguatemi (IGTI11), Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), Prio (PRIO3), RaiaDrogasil (RADL3), Vibra Energia (VBBR3) e Vulcabras (VULC3). Já nos EUA, destaque para Uber (NYSE: UBER), que sairá agora pela manhã, e Airbnb (NASDAQ: ABNB), que será divulgado após a sessão.

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