Ações da MMX, de Eike Batista, desabam 27% após Justiça decretar falência
Justiça do Rio discordou dos argumentos da própria empresa, que apontavam recursos de investidores chineses como solução para reerguer a mineradora
Beatriz Quesada
Publicado em 19 de maio de 2021 às 16h33.
Última atualização em 19 de maio de 2021 às 19h22.
As ações da MMX (MMXM3) recuam 27,02% no pregão desta quarta-feira, 19, após a Justiça decretar a falência das empresas que formam a mineradora. Em recuperação judicial desde 2016, a companhia é parte do grupo EBX, criado por Eike Batista.
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Segundo reportagem do O Globo, o Tribunal de Justiça do Rio Janeiro decidiu, no início da tarde de hoje, decretar a falência da MMX Mineração e Metálicos e da MMX Corumbá Mineração.
Os desembargadores julgaram ilegal uma liminar, de 2019, que suspendeu o processo de falência das mineradoras, que estavam em recuperação judicial. Eles não teriam concordado com os argumentos da MMX, de que investidores chineses injetariam recursos na empresas suficientes para reerguer a mineradora.
Algumas semanas atrás, a Justiça de Minas Gerais já havia decretado a falência da empresa MMX Sudeste Mineração, um dos braços que compõem a mineradora controlada por Eike.
A partir da decisão, Eike corre o risco de ter de responder a ações de responsabilidade pelas dívidas da empresa, caso seja decretada alguma fraude. O processo vem poucos dias depois da falência da MMX Mineração e Metálicos.
Além desse revés, o empresário foi multado em 150 mil reais pela CVM no mês de março.A acusação: ter votado em reunião do conselho de administração da MMX em situação de conflito de interesse em episódio ocorrido em 2015.
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